
Um dia regressei a esse inesquecível marco da minha vida. Com outros como eu me reencontrei. Aí me detive algum tempo... E que tempo! Não mais quero deixar de revisitar esse local, feito de pedras vivas e significados mágicos para a minha existência... E QUE DIRÁS TU?!... Não deixes que outros comentem por ti!
quarta-feira, dezembro 22, 2010
NATAL FELIZ e 2011 MAIS MAIS!

domingo, novembro 14, 2010
Partiu ANÍBAL JOÃO FOLGADO e ficámos pesarosos!

terça-feira, agosto 03, 2010
Livro de Francisco da Costa Andrade

---------- Mensagem encaminhada ----------De: ARM Associação Regina Mundi regina.mundi@hotmail.com
Data: 29 de Julho de 2010 22:55
Assunto: FW:
ConvitePara:
Boa noite Carissimos,
Reencaminho convite endereçado pelo Costa Andrade.
Não mexi no texto para não estragar. A mensagem é clara.
Ao Costa Andrade, os nossos parabéns e a felicidade do sucesso da obra (que é muito boa, pelos ecos que já me chegaram de quem já leu, e opinou)
Saudações Armistas
A Direcção
Date: Thu, 29 Jul 2010 22:29:16 0100
From: fandrade@iol.pt
To:
Subject: Convite
Maia 29
Amigo e Presidente:
Em Anexo, envio-te o Convite para o lançamento do meu livro, a divulgar pela ARM, pedindo-te que informes as nossas tropas que haverá uma primeira apresentação em Vimioso, no dia 21 de Agosto, destinada a todos os participantes no Encontro de Armistas de Trás-os-Montes, e que o produto das vendas desse dia terá um fim muito especial.
Adivinhas qual será, ou é preciso explicar-te? Se não adivinhas, respondo-te com . .. um sorriso. Igual convite enviei ao Alves Pereira para o inserir no blog da ARM.
Com aquele abraço
F. Costa Andrade
sexta-feira, julho 02, 2010
Pós-Encontro 22 - "A MINHA CRÓNICA"
III
segunda-feira, junho 28, 2010
Encontro 22.º - 2010 / RETALHOS 3

Chegou o almoço. Que rica ementa: aperitivos da região, caldo verde, leitão, ui!, sobremesa, café! Se no tempo da nossa passagem por aqui houvesse estes mimos, até os carros de bois chiavam! Até talvez os de cortiça chiassem...
Enquanto se almoçava, houve palavras, às vezes quase silêncios, avisos, etc., mas o que primou, fundamentalmente, foi a partilha de experiências e de percursos de vida, foram os reencontros, alguns com mais de 50 anos de distanciamento... O tempora, O mores! E houve alegria, satisfação, projectos de futuro!
Ainda antes do desfecho, apareceu o balanço das estatísticas do nosso Blog:
http://amigos-seminario-vinhais.blogspot.com
Com recolha feita a 22 de Junho (há uns quatro/cinco dias), eis o movimento de visitas:
Total de Visitantes ao Blog:
13586
Total de Visitas únicas (49%)
6661
Total de Visitas repetidas (mais que uma vez) (51%)
6925
Espera-se que muitos mais visitantes apareçam e que enviem documentação, como: poemas, textos de reflexão, de saudosismo, de futurismo, fotografias, “relíquias” do tempo em Vinhais, etc., para podermos ter matéria para o Blog. E que haja muitas sugestões, propostas, comentários!
E, quase como repetição de uma gravação conhecida e amistosa, vieram palavras, que podiam ter tido diversas, muitas mais e autorizadas fontes, mas emergentes apenas, na sua versão textual, de um pretenso intérprete da vontade colectiva, dado o seu ponto de vista conciliatório e proactivo. E assim se expressou o Autor, enquanto testemunho de 12 anos de participação ininterrupta em Encontros dos Ex do SSJVinhais:
- Desde há uns 20/22 anos, para os primeiros e fundadores destes Encontros, e desde há uns anos menos para outros que viemos juntar-nos, o Seminário de S. José de Vinhais tem sido o local onde se vem consolidando uma grande família, cimentada na amizade interpessoal, cujas balizas se situam na notícia, nas histórias passadas e presentes, na vivência e resiliência de momentos mais do que menos felizes, na redescoberta da meninice em tempos e espaços que a nenhum de nós deixam indiferentes. Sinto-o e, porque o sinto, digo-o: este local da nossa infância será indelével nos nossos trajectos e projectos de vida e, por isso mesmo, convém acender-lhe a vela da perenidade e do sonho!
Pela óptica da perenidade, teremos que estar cientes de que a contingência dos eventos sobrevém, quando aquela chama se vai esvaindo, sem que, para tal, haja como factor explicativo o desinteresse ou a despreocupação seja de quem for. É assim, segundo a velha dialéctica hegeliana da tese, antítese e síntese. Estamos em constante fluir, em mudança, em transformação que a percepção dos homens não pode ignorar. É, pois, pertinente perguntar: - E o nosso futuro? Neste Seminário? No Seminário de Bragança, que, pelo que sei, nos abrirá sempre as portas? Anos alternados entre Vinhais e Bragança? Outras hipóteses?
Talvez tenhamos que nos render à realidade mutável, a que aludi, mas uma coisa sabemos: queremos continuar com a chama da amizade, a reacender em encontros anuais, seja onde for, mas sobretudo sediados na nossa determinação; e é nesse lugar da razão e do afecto que gostaria que nos encontrássemos. Na verdade, depende de nós se gostamos ou não de continuar a sonhar, como diz José Régio, com “o longe e a miragem”. E porque entre nós se radicou e cresceu a árvore de uma família ramificada mas unida, esse sonho vai seguramente continuar, como diz a máxima popular, "enquanto Deus quiser e nós pudermos"…
E como o longe e a miragem também têm uma dimensão escatológica, evocamos a saudosa e inesquecível memória de todos os nossos amigos que já partiram, mencionando os que mais recentemente nos deixaram: Norberto Daniel Rodrigues (de 1957), António dos Ramos Sousa (1956), P.e Belisário Augusto Miranda (1952) e P.e António Alberto Neto (1948). Se também eles o puderem receber, um grande abraço, pelo menos virtual, de todos os Ex-Alunos presentes.
Um dos Ex-Alunos - SSJVinhais, 27 Junho de 2010
E... o "ADEUS, ATÉ P'RÓ ANO" foi-se repetindo, mãos nas mãos, olhos nos olhos, com a reciprocidade de um élan vital pessoal, tipo bergsoniano, que ninguém sabe explicar, mas que está lá...
Encontro 22.º - 2010 / RETALHOS 2
Proclamação da Palavra... Mais outro dos nossos.
E o Coro impôs os seus acordes de uma polifonia cativante, sob a regência do imprescindível Maestro! Os sempre empolgantes Benedictus e O Sanctissima ... Mater Amata! A não perder!
Força, rapazes! - "Quero ver esses cimos bem puxados"!
O Público, que encheu a igreja, moveu-se entre a participação e a admiração pelos saudosos acordes do Gregoriano.
Seguidamente à Celebração Eucarística, houve outras manifestações interactivas, que se inscrevem em RETALHOS 3.
domingo, junho 27, 2010
Encontro 22.º - 2010 / RETALHOS 1
Eis os saudosos "chícharos", que provocam rememorações e sadio saudosismo.
Tudo se prepara para a Ceia de convívio e de expectativas...
- Olá, há quanto tempo não te via! Por onde tens andado?
- Já conheço isto de algum lado! Queres ver que é uma morna cabo-verdiana?
- Venham os poetas e os versos ditos e reditos... Se gosto!
- Não há dúvida, aqui ainda se canta e se diz como deve ser!
- Agradável, mesmo! Gostei de relembrar o Torga!
- Bem, rapazes, este poema é mesmo meu! Ouçam, só!
Houve cantares, velhos e novos, com lídimos cantores e instrumentistas! Assim é que é!
E cantou-se e recantou-se; sentiu-se e ressentiu-se a sala e a assistência! Bonito!
terça-feira, junho 22, 2010
BODAS de OURO SACERDOTAIS - Octávio Sobrinho Alves

quarta-feira, junho 16, 2010
Uma HOMENAGEM ao NORBERTO RODRIGUES, de Saudosa e Feliz Memória

Norberto Daniel Rodrigues nasceu em Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, a 02 de Junho de 1945 e faleceu em Braga a 21 de Agosto de 2009.
Cursou, a partir do ano de 1957, os Seminários de Vinhais e de Bragança, donde seguiu para abraçar a carreira militar.
Espírito aberto e dedicado às letras, publicou em 2003, como edição da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, o livro “Na Embalagem, o Amor”, como pretensa autobiografia romanceada.
É desse livro que retiro alguns apontamentos.
Licenciado “em Filosofia pela Faculdade Pontifícia de Braga” e Coronel na reserva, contou “duas comissões em Moçambique, uma como Alferes Miliciano e outra como Capitão”.
Foi “condecorado com as Medalhas Comemorativas das Campanhas das Forças Armadas – Moçambique 1966-67 e 1974-75 e ainda com a Medalha D. Afonso Henriques – Patrono do Exército de 2.ª classe. Foram-lhe “atribuídos 11 louvores, 6 dos quais são de Oficial General”.
Curiosamente, o livro começa com a sua despedida do Seminário, assim: “O táxi fez a curva à esquerda, prestes a deixar o jardim da entrada do Seminário de S. José. Nesse momento percorri a vista pelos maravilhosos e simétricos canteiros, olhei comovido a estátua do santo anfitrião, admirei uma vez mais a fachada monumental do edifício, numa despedida escolar definitiva”.
Seminário para onde seguiu, depois de os seus pais coordenarem “os preparativos com o Professor Lauro e com o padre Rosas, já eu o ajudava à missa, para me candidatar ao exame de admissão ao Seminário”; e de onde tomou a decisão de sair: “Era altura de informar a minha decisão. […] “– Não desejo voltar para o Seminário…”.
Parece-me interessante trazer aqui outros registos – estes relacionados com o amor, de tal forma evidenciado nesta sua obra que o levou a incluí-lo no próprio título:
Amor à terra – Vilarchão - terra natal; Parada - terra de eleição; e Bragança - O Seminário; amor à Pátria - “estávamos felizes, tínhamos cumprido o dever para com a Pátria, tínhamos cumprido a missão”; amor à família: aos pais, aos irmãos, ao avô, aos tios, aos primos e aos filhos; amor à mulher com quem se casou: - “Dirigi-me então ao Colégio do Sagrado Coração de Jesus, mais conhecido pelo Colégio das Freiras, para visitar a Joana”; “A Joana fora ao longo destes anos uma mulher querida”; amor ao trabalho, aos costumes e tradições - os palheiros onde dormiam os segadores; “tirar a água do poço”, “a carreira para Alfândega”; às instituições - “admissão ao Seminário”, “o Professor Lauro”, “o padre Rosas”, Mafra e Abrantes; aos amigos - “o trio do Sendim da Ribeira”; a Esmeralda, junto à fonte; “o Alexandre e a Armanda!”; amor à própria vida - no Luatize – sozinhos, sem rádio; as armadilhas; e, longe do teatro de guerra: “apreciei a sensação benéfica de estar fora de perigo, distante das emboscadas e das minas”.
E mais estes “amores”: A PIDE; os bufos na Universidade; “o pau de Cabinda” e “o pau de marmeleiro”.
Quando me foi dado fazer a apresentação deste livro na terra natal do Norberto, em Vilarchão, terminei afirmando:”Se, pelas características deste livro, assumido como romance, o podemos considerar como pioneiro no Concelho de Alfândega da Fé, em relação a uma significativa amostra etnográfica e a um registo de situações a que o povo já não se sujeita, também por outras tantas, entendo que o podemos considerar como valorizável fora das fronteiras do Concelho.
Uma das mensagens mais belas deste livro é, sem dúvida, o amor. E o amor […] é intemporal e universal”.
O Norberto Rodrigues permanecerá na memória de todos como um óptimo companheiro, sabendo reconhecer as virtudes dos outros, sempre bem disposto e dialogante, ligado, por merecimento próprio, a todo o bem que emerge desta caminhada na qual todos nos vemos envolvidos.
Tendo em conta a sua condição de militar, a fim de ilustrar a grandeza do seu carácter, permita-se-me registar esta passagem do seu livro, que poderia intitular de “O Oficial de Operações”
“Nesses meses de estadia no Norte de Moçambique, em que a minha Companhia esteve junto da Companhia de Comando e Serviços, o Oficial de Operações foi o nosso líder.
Ele demonstrou, no campo de batalha e nas relações diárias com cada um de nós, o cultivo das mais altas virtudes militares.
Ele exibiu a sua competência no planeamento de operações militares arriscadas, e dando o exemplo, ao comandar essas mesmas operações.
Ele apresentou-se como um Oficial amigo, capaz de dar um conselho, uma ajuda instantânea, em qualquer circunstância.
Ele foi altruísta. Por exemplo, na sua viagem de férias à Metrópole, a sua primeira visita foi aos doentes do Batalhão, que tinham sido evacuados para o Hospital Militar.
Assim, ao longo do tempo, esse Oficial foi deixando em cada um de nós, uma marca indelével da sua personalidade, fruto de acções compartilhadas no campo da virtude e da honra; é esta gratidão e orgulho que se sente, ao trabalhar, colaborar, num desígnio patriótico, com um homem de estatura superior”.
Macedo de Cavaleiros, 16 de Junho de 2010
Manuel António Gouveia
INSCRIÇÃO, CONVOCATÓRIA do ENCONTRO 22.º et Alia...

(se quiseres imprimir: Guardar a imagem como, ampliar e mandar imprimir)
Caríssimo Amigo e Antigo Companheiro:
As nossas melhores saudações, enquanto nos permitimos recordar-te a data do nosso 22.º Encontro, este ano a 26 e 27 de Junho corrente, com os caloiros de 1959/60, como mordomos, a ter lugar no Seminário de S. José, de Vinhais.
Se quiseres participar activamente no Convívio de sábado, aponta, na ficha de inscrição, qual a tua forma de contribuir – canto, poesia, instrumento musical, dança, teatro, anedotas, experiências de vida.
Mais uma vez lembramos que o Seminário dispõe de quartos para pernoitar, sendo necessário proceder atempadamente à sua reserva.
Este ano, como o Seminário não tem pessoal para nos atender no serviço de refeições, foi necessário recorrer a um restaurante local.
Para outras informações, incluindo o Relatório do Encontro de 2009, consulta – www.amigos-seminario-vinhais.blogspot.com
Por último, devido a razões logísticas, faz já a tua inscrição informando quando vens e quantos vêm contigo, remetendo-a, impreterivelmente, até 22 de Junho, para:
Emílio António Raposo Falcão
Bairro de Santiago
Rua Poças de Figueiredo – Lote 49
5300-708 Bragança
(Telemóvel – 962 963 913).
ou
Nota – Se houver atraso no correio, serve-te dos telemóveis acima indicados.
PROGRAMA
Sábado – 26 de Junho
16,00 horas - Encontro nos sítios habituais
18,00 horas - Ensaio para o convívio
20,00 “ - Jantar – 14,00 euros
21,30 “ - Convívio ao serão
10,00 horas - Ensaio de cânticos
11,00 “ - Eucaristia
Despedida
Bragança, 16 de Junho de 2010
A Comissão Organizadora
Mas há mais...
EMENTAS E RESPECTIVOS PREÇOS:
Almoço de 26 de Junho: ( Não é da responsabilidade da Organização)
Sopa
Truta de escabeche ou Lombo de porco assado no forno.
Pão.Vinho/Água/Sumos.
Preço por pessoa: € 10 (dez euros)
Jantar de 26 de Junho:
Entradas:
Azeitonas. Alheira. Orelha de porco cozida.Salada de polvo.
Sopa
Feijão frade com couve galega, batatas e bacalhau.
Sobremesa:
fruta variada, pudim, leite creme.
Vinho/Água/Sumos
Preço por pessoa: € 14 (catorze euros)
Almoço de 27 de Junho:
Aperitivos:
Porto. Martini. Favaios.
Entradas:
Azeitonas. Bola de carne gorda. Alheira. Presunto. Queijo.
Sopa
Leitão assado no forno
Ensopado de couve
Salada mista
Bouffet de sobremesas:
Fruta da época. Bolo da Madre. Bolo de chocolate.Semi-frio.
Água/Vinho/Sumos/Digestivos
Preço por pessoa: € 20 (Vinte euros)
As refeições serão servidas no Seminário (Ceia de Sábado e Almoço de Domingo).
sexta-feira, junho 04, 2010
RELATÓRIO do Encontro de 2009

Um obrigado ao M. Gouveia pelo seu feedback, que nos traz o ido para o vivido.
Nos dias 27 e 28 de Junho de dois mil e nove, teve lugar o 21.º encontro de Ex-Seminaristas dos Seminários de S. José de Vinhais e de Bragança.
Após a já habitual mesa quase redonda de sábado, na esplanada do café, em frente ao Convento, alguns mais entusiasmados, rumaram, a pé, ao Parque Biológico de Vinhais, onde conviveram com a Natureza e onde se surpreenderam com a alteração de alguns aspectos da paisagem. Também durante a tarde desse sábado, houve oportunidade de visitar o Museu da Arte Sacra, ali mesmo ao lado do Seminário.
O jantar em que, mais uma vez, os chícharos e o bacalhau foram motivo de renovadas conversas, decorreu com a mesma animação de todos os anos e nele tivemos a oportunidade de escutar as palavras do Reitor do Seminário de Bragança, Rev.º Cónego Silvério, das quais interessa destacar o reconhecimento da projecção que, de ano para ano, estes encontros têm vindo a assumir.
Depois do jantar, foi passado um documentário do Cordeiro Alves sobre “Encontros: Seminário de S. José de Vinhais – O Olhar de um Seminário que eu amei”, em que, logo no início, se destacam “os nossos tempos, os nossos espaços, os nossos encontros e os nossos olhares”. Faz menção especial ao colega João Costa, com a idade de 102 anos, acabando por referir que “… os nossos ENCONTROS ajudaram-nos a voar mais alto e a consolidar-nos como uma autêntica família”.
À noite, o habitual sarau, também muito participado, no qual pontificaram a música, a poesia e as anedotas.
No domingo, foi o ensaio às 10,00 horas, seguido da celebração da Eucaristia presidida pelo Padre Joaquim Leite, o qual, enquanto se referia à sua experiência pessoal, nos conduziu, pela palavra, ao significado do milagre, ao valor do ideal, ao nunca perder a esperança no futuro. Como habitualmente, cantada em gregoriano pelos ex-Alunos, teve também a presença de muitos familiares e amigos de quantos procuram retomar a força espiritual que os tem ajudado a vencer na caminhada que ali começou e ali retorna todos os anos.
Antecedendo o almoço, teve lugar a apresentação do livro do Cordeiro Alves, “Vozes emersas de tempos e de espaços em Vinhais”, com breves palavras introdutórias do Manuel Gouveia. Tomando a palavra o Dr. Roberto, em representação do Presidente da Câmara Municipal de Vinhais, impedido de comparecer por motivos de agenda, referiu-se à obra agora apresentada como sendo um testemunho a preservar e um exemplo a seguir. Acabando por informar que a Câmara Municipal teve muito gosto em financiá-la, fez depois referência ao Parque Biológico de Vinhais e ao Museu da Arte Sacra como parte do Ecomuseu de Vinhais, bem como aos melhoramentos de que a vila tem vindo a beneficiar.
Finalizou o Cordeiro Alves agradecendo o empenho do Presidente da Câmara de Vinhais para a edição do livro. Explicou, de seguida, os motivos que o levaram a publicá-lo, considerando-o, pelas comunicações nele contidas, como uma “espécie de memória”.
Durante o almoço, que decorreu num ambiente de camaradagem e de partilha, foi mais uma vez lembrado o ex-Colega João Costa, tendo o Cordeiro Alves lido o texto que, por sugestão do Manuel Joaquim no encontro de 2008, oportunamente lhe foi enviado; e informou que o João Costa respondeu a agradecer, falou de vários colegas, mandou um abraço para todos e 50 euros para um moscatel. Decidiu-se responder a agradecer-lhe.
O Manuel Gouveia, sem menosprezar os motivos que sustentaram a decisão de se elaborar uma acta por cada um dos encontros, propôs que, em vez de acta se elabore um relatório, para que, decorrendo os nossos encontros de uma forma tão informal, se permita que o respectivo registo escrito deixe de assumir a formalidade inerente a uma acta. Registo escrito, porque o registo informático, pelo menos este ano, irá ser assegurado pelo Cordeiro Alves e pelo Virgílio Vale. Não houve qualquer oposição à proposta.
O Albano Mesquita começou por agradecer ao Cordeiro Alves todo o empenho na divulgação e procura de elevação dos nossos encontros, os quais, embora “com picos – altos e baixos – têm corrido genericamente muito bem”. E acrescentou que “esta é uma comunhão fraterna”, em que é respeitada a “diferenciação de ideias”, informando que, para o ano, virá também aqui o Dr. Formariz, com os seus 85 anos.
A uma pergunta do Albérico, se o encontro de 2010 será também aqui, o Albano respondeu que se está a contar com isso, acrescentando que “se não for aqui, será com certeza noutro lugar, em Vinhais”.
O Falcão lembrou a necessidade da inscrição para o encontro a tempo e horas, para que a organização não tenha que resolver problemas de última hora, os quais nem sempre são solucionados a contento de todos. Dirigiu, depois, uma saudação ao Artur Gouveia, de Mirandela, o qual, embora bastante adoentado, não deixou de comparecer.
O Martins informou que o Ramiro, por ter regredido na doença, não pôde comparecer como era seu grande desejo.
A ambos os ex-Colegas se desejou uma rápida recuperação.
Começaram então as despedidas e os desejos de continuação da festa até para o ano de 2010.
Saudações amigas!
Seminário de S. José de Vinhais, 03 de Junho de 2010
Manuel António Gouveia"
quarta-feira, junho 02, 2010
A Organização da UASP agradece...
"Data: Mon, 31 May 2010 00:16:23 +0100
De: União das Assoc. Antigos Alunos Seminários Portugueses uaaasp@gmail.com>
Assunto: A organização agradece!
Ex.mos Senhores
P. Armindo Janeiro(Coordenador)
quinta-feira, maio 27, 2010
Um alerta para um pequeno sobressalto, sempre possível de solucionar!
Os melhores cumprimentos.
Manuel Gouveia".
»»»»»»»»»»»»»»»
Esperamos que tudo se resolva. Logo que haja mais informações sobre o Encontro dos EX, imediatamente ficarão disponíveis!
Um abraço!
segunda-feira, maio 24, 2010
Pedem para publicar... Missão ingrata, mas que fazer?

A minha leitura
Para quem não esteve presente no lançamento do livro Vozes emersas de tempos e de espaços em Vinhais do nosso colega Cordeiro Alves acho por bem informar que o mesmo teve lugar no nosso encontro de 2009, com breves palavras introdutórias do abaixo assinado Manuel Gouveia e a apresentação da responsabilidade do Dr. Roberto, em representação do Presidente da Câmara Municipal de Vinhais, Dr. Américo Pereira, que assinou a Nota Introdutória.
Dedicado a “todos os Ex-Alunos, que, desde há duas décadas, vêm rumando a estas inesquecíveis paragens para o (re)encontro com as raízes dos seus sonhos …”, divide-se o livro em três partes fundamentais: “Pré-leitura”, Comunicações e “Recordando a véspera e o ingresso”.
Na “Pré-leitura”, o autor depois de nos informar de que forma surgiu este livro, faz ressaltar “o especial relevo à amizade, ao companheirismo, à potenciação profissional que esta Grande Obra do Seminário nos viabilizou”. Lembra os Amigos que não podem estar fisicamente presentes e ainda os que faleceram, salientando para com todos uma “atitude de solidariedade”.
Aberta a “mala de recordações”, a construção foi tomando forma, alicerçada sobretudo num “plano de simbolismos”.
Ao denominá-lo de “projecto inter-Amigos”, não deixa de fazer um apelo para que surjam “outras publicações do género”, acabando por augurar à “família de Ex-Alunos […] toda a realização pessoal, êxito familiar e sucesso profissional”.
Quase tudo se passa nos e sobre os encontros no Seminário de S. José de Vinhais.
As Comunicações assumem a forma de poesia ou de prosa, dividindo-se, por sua vez: dirigidas aos colegas, durante os encontros; publicadas no Mensageiro de Bragança; nas Bodas de Diamante do Seminário de S. José de Bragança; ao “Ex-Aluno João Conceição Costa”.
Temas como: o claustro, o salão de estudo, o refeitório, as pedras da calçada e os símbolos remetem-nos para recordações vivenciais, tendo como suporte, cada uma delas, um ou outro local referenciado, emoldurados com aquele símbolo – o número pelo qual passávamos, muitas vezes, a ser conhecidos e que nos acompanhava em todos aqueles locais.
E, então, não posso deixar de referir, por exemplo, “o claustro da amizade” a oferecer “um muro, um abrigo, uma esquina”, no montar dos caloiros, com o “cesto do pão e queijo americano” e a água da torneira a saciar a “estranha e subtil mágoa”; o árduo trabalho no salão de estudo, onde “os nossos rumos começaram”, salão “que a todos potenciou”, que perante dificuldades, torcia “para o nosso lado” como “uma compreensiva e meiga mãe”, o salão da “inesquecível carteira desdobrável”, para o qual o nosso reconhecimento pode ser traduzido numa “prece fervorosa” a Deus; o leitor, “a oração inicial”, os chícharos – “os heróis da lenda”, “fosfórico-tonificantes” - , e o deo gratias, a par de um verdadeiro apetite sequente à “anxiógena fome”, “frente aos talheres de alumínio amolgado”, partilhando “os ruins e os bons momentos”, tudo naquele “monacal refeitório”; o permanente incentivo das “pedras da calçada”, de cada uma registado como se elas falassem, percorridas como “um transeunte, em diáspora constante” e “agora amarradas com liga de cimento”; e sem querer entrar na polémica dos símbolos e do significado, todos estes lugares percorridos pelo 150, o mesmo que também dava pelo nome de Cordeiro Alves.
Já o Rescaldo de ENCONTROS de ex-Alunos e Mais um encontro de ex-Alunos …, em forma de crónicas no Mensageiro de Bragança, nos remetem para outras reflexões. A primeira crónica, atravessada por quatro “iniludíveis sentimentos”, como o saudosismo, o “sentimento do outro”, a contingência e o futurismo, aponta-nos para um passado em que “os valores prevaleciam sobre a subversão dos mesmos”; para o “assalto de curiosidade pelo bem-estar dos antigos colegas” e “a satisfação pelo seu sucesso”; para a preocupação pelo “imponente imóvel” que é o Seminário de S. José de Vinhais, em degradação “cada vez mais acentuada”; e, finalmente, para que destino a dar “a este cinzelante monumento das nossas vidas”, chamando aqui o importante papel que uma Associação dos ex-Alunos poderia ter, relevando, ao mesmo tempo, o esquecimento do País perante a “incomensurável oferta” que esta Casa lhe deu, ao lançar para a rede social, conforme Ao salão de estudo de incontáveis rumos de vida … : empresários, funcionários públicos, funcionários dos bancos e seguros, psicólogos, investigadores, políticos, escritores, jornalistas, académicos, juristas, professores, médicos e magistrados, todos “que lá se fizeram gente”.
A segunda crónica refere-se aos encontros como “uma ritualidade assumida e ansiosamente esperada ”, carregados de emoções e de “expressões hilariantes que abraçam o passado e demandam o futuro de tantos projectos pessoais”; e da vibração “até ao âmago” com os depoimentos, o refazer do “filme pessoal […]”, e a recordação do toque da “cabra”. É o darmo-nos um pouco aos “cantos e recantos” que nos foram tão familiares e deles bebermos a força que nos anima a prosseguir.
A finalizar, informa sobre a existência do nosso Blog, onde todos “podemos fazer ouvir a nossa voz”.
Depois, As encruzilhadas, Do para quê ao quando, Lonjura, Quem somos? e Um périplo de 50 anos, em primeira pessoa … aparecem como temas decerto fundados em situações vividas, funcionando como reflexão cujo fio condutor não se afasta muito do caminho em que, como os demais colegas, o autor, quase sem se dar conta, se viu envolvido, primeiro pelo chamamento – simbolizado pela parábola do jovem rico -; depois nas dúvidas, no despertar para o mundo e nas dificuldades a ultrapassar, representadas pela “cabalística suma”; a seguir, no problema da lonjura que impede de se alcançar o téminus da caminhada, por muito que se queira, a não ser pela força estimulante vinda “do nosso conventual casarão”; envolvido ainda numa paragem dessa caminhada para responder à questão – Quem somos? – e admitir que, sendo “netos do iluminismo, filhos do modernismo, irmãos da pós-modernidade e primos das hodiernas convulsões sociais”, a melhor resposta lhe veio de um Ex-aluno, ao revelar-lhe que “todas as pessoas olham para nós como cidadãos honestos, trabalhadores e confiáveis”; terminando no revelar dessa caminhada que, desde 1958 a 2008, o fez passar pelo Seminário e cidades europeias, onde absorveu cultura e cumpriu a sua obrigação profissional, enquanto diz rememorar factos e ouvir histórias, e – parece-me! – acabando por encontrar o términus desta sua caminhada, ao afirmar que “não mais pude conter a sede de aqui regressar, desde 98, Junho, tal é a força e a atracção que aqui me galvanizam, anualmente!”.
Muito interessante a comunicação nas Bodas de Diamante do Seminário de S. José de Bragança, desenvolvendo o tema “ser seminarista” desde os anos 30 até hoje, subdividido em três etapas, das quais, “foi testemunha, por suporte e implementação, a instituição que hoje celebra as suas Bodas de Diamante”.
A comunicação desenvolve quatro vectores […] “da influência desta indelével e destacável instituição sobre as nossas vidas”, a saber: “formação, informação, axiologia, dimensão sociológica”, testemunhando, no final, o seu profundo reconhecimento e o dos seus Colegas Ex-seminaristas “ao Seminário de S. José de Bragança por aquilo que conseguimos ser e somos, por tudo o que nos foi possível assumir e defender no percurso existencial, quer como católicos conscientes, quer como cidadãos pautados pelo humanismo, pelo sentido crítico-cognitivista e pela verticalidade ética”.
Por fim, a “carta” ao ex-Aluno, Companheiro e “secular amigo” João Conceição Costa releva o seu recente contacto com o Seminário e os Companheiros “das nossas actuais revisitas às raízes”, e identifica-o como exemplo de atenção e de solidariedade, de amizade e de admiração, enquanto não deixa de o convidar a, “caso as forças o permitam e fazemos votos por tal, no próximo Encontro 2009, […] [vir] reunir-se connosco”.
Referindo-se à “continuidade do nosso MOVIMENTO de Amigos do Seminário de Vinhais”, informa que, no dia desta comunicação, 29 de Junho de 2008, o seu caso foi apresentado “como um marco paradigmático excepcional no contexto desta inefável tarefa de construção de homens” e termina com um “sincero BEM-HAJA pelas palavras identitárias e amigas”, manifestado por “ todos, em uníssono”.
Quero agora trazer aqui a tão significativa e emocionante recordação d’a véspera e o ingresso. E, se me permite o meu caro Cordeiro Alves, quero fazê-lo, enquanto vou revendo também a minha véspera e o meu ingresso no Seminário de Vinhais, uns anos mais cedo, em 1953. Ao mesmo tempo, atrevo-me a convidar todos os que fizerem o favor de me ler a voltarem a esse seu tempo com o carinho, a simplicidade, a amizade, a compreensão e a beleza com que o faz este colega.
Elegante testemunho relativo, como disse, ao dia que antecedeu e o primeiro da entrada para o Seminário, até acordar no dia seguinte.
Iniciou-se a jornada da véspera em Santulhão, numa manhã de “chuva miudinha”, a cavalo numa égua, na companhia do pai, para apanhar a furgoneta de caixa aberta que vinha da Matela. Após três horas de viagem sobre as tábuas da caixa, debaixo de parte do guarda-chuva de um companheiro de viagem e tentado a surripiar uns bagos “de uvas formosas e de rei”, que também ali viajavam mas dentro de um cesto, chegou a Bragança, onde pessoa amiga o recebeu, o levou para casa e lhe serviu o almoço que ele não estava disposto a aceitar – não porque não tivesse vontade de comer mas porque lhe causavam atrapalhação os talheres com que se viu confrontado. E aí lhe surgiu a primeira dúvida em relação à vida no Seminário, pelo facto de ter de comer com o garfo na mão esquerda: “Será que vai haver muitas coisas ao avesso?”
Após um jantar com “outro ritual angustiante”, foi uma noite agitada, mal dormida, para nova surpresa ao pequeno almoço com a manteiga e o bijú.
Depois, foi o seguir para a camioneta, junto à estação, onde encontrou os futuros colegas e “um Senhor padre, alto, de batina e chapéu de aba virada”, que dava ordens aos rapazes “de fato e boina pretos” para entrarem numa ou noutra camioneta – a mocha ou a canhona.
A viagem foi-se arrastando por hora e meia, sem grandes momentos a registar, a não ser a surpresa, quando, em Castrelos, aconteceu o episódio da “casa dos cantonêros!”.
Chegada a Vinhais: a longa escadaria, as botas novas, o saco e a mala a atrapalharem. Depois, foi a estranheza acontecida no “hall de recepção”, quando “um Senhor Padre” que dava as boas-vindas o chamou pelo nome! E até sabia que vinha de Santulhão!
Já nos claustros, um outro Senhor Padre lhe indicou o caminho da camarata e “exclamava”, como aos demais, para fazer a caminha. Resolvido o problema da cama com a ajuda de um colega já experiente, foi a vez dos recreios - o de baixo e o de cima -, da percepção da “abundante corrente de água” que desempapava “o pão com queijo amarelo”, do “montar caloiros”, da iniciação aos gambuzinos, do primeiro contacto com a cabra e a fila para o refeitório.
E no refeitório, com a fome que tinha, voou a “sopa de couves-galegas” e voaram os “chícharos com couves […] e postas de bacalhau”, apesar de secos, parecendo não lidarem muito bem com o azeite que, na sua terra, não lhe faltava.
Do refeitório para a capela, onde conheceu outro Senhor Padre, este “com voz de quem apanha pardais”, que lhes dava bons conselhos e apelava para “as regras da boa educação”.
Rezada a oração da noite, foi a hora de deitar e mais uma surpresa antecedida de uma ordem: “Tirar as calças dentro da cama!”. Ora, manobrar para tirar as calças dentro da cama foi uma boa razão para a cama cair. Tudo recomposto, passou-se a noite “de um só sono”, até ao acordar com a cabra a estalar “por todos os lados”.
E foram então: o levantar “meio assarapantado num mundo que se abatera sobre mim, quase como um trovão imprevisto”, os lavatórios e a aprendizagem “com os outros” para uma vida cheia de rituais de uma cultura que haviam de prolongar-se e fazê-lo “emergir para o saber, para os valores, para a vida”.
Resta-me agradecer ao Cordeiro Alves o ter-me proporcionado falar sobre estas lembranças, tendo-me eu feito, entretanto, um companheiro de viagem - uma viagem que começou naqueles afastados anos e que, pelos vistos, ainda não terminou.
Parada, 24 de Maio de 2010
Manuel António Gouveia"
quarta-feira, maio 12, 2010
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Caro Ex-Aluno:
Com a gentileza e oportunidade do nosso Manuel Gouveia, deixa-se a informação supra, transformada, aliás, em imagens, pois a documentação inicial não tem suporte em Sítio da Web, que se saiba, para o qual bastaria apenas fazer um Link. Contudo, com a ampliação das imagens, é perfeitamente visível o seu conteúdo (basta um Click).