quinta-feira, maio 27, 2010

Um alerta para um pequeno sobressalto, sempre possível de solucionar!

Caros Ex-Alunos:
Só agora pude verificar o correio electrónico, desde há dois dias, data em que recebi contacto telefónico e electrónico do nosso Manuel Gouveia. Lá encontrei um pequeno ALERTA relativo ao nosso Encontro próximo. De certeza que se faz o Encontro, mas, quanto ao local, ainda se processam as devidas diligências. Teremos que aguardar o seu desenvolvimento, que auguramos seja felizmente bem sucedido. E vamos todos torcer para que se consiga em VINHAIS!!!
O E-mail referido, recebido a 25 de Maio de 2010 00:07, enviado pelo empenhado Manuel Gouveia, entre outras coisas, reza assim:
" (...)
Quero dizer-lhe ... que, há cerca de uma hora, o Falcão me ligou a informar que este ano o encontro em Vinhais está tremido, pois lá não teremos as condições requeridas. Vamos fazer uma reunião, talvez no dia doze de Junho, da qual, se não houver decisões até lá, sairá uma tomada de posição em relação ao encontro. Então, contrariando a minha quase certeza que lhe manifestei antes deste telefonema, outra informação deve ser dada aos colegas, que [é esta]:
em relação ao local, devem aguardar o desenvolvimento das diligências que já começaram.

Os melhores cumprimentos.
Manuel Gouveia".
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Esperamos que tudo se resolva. Logo que haja mais informações sobre o Encontro dos EX, imediatamente ficarão disponíveis!

Um abraço!

segunda-feira, maio 24, 2010

Pedem para publicar... Missão ingrata, mas que fazer?


O grande amigo Manuel Gouveia telefonou pelas 16.00 horas, há, aproximadamente, 1 hora e meia, para informar de que tinha enviado um E-mail. E, claro, este chegou! É mesmo de se lhe tirar o chapéu...

Como os gostos do M. Gouveia valem por ordens, aqui fica o registo, não sem antes agradecer, publicamente, o gesto e a honra concedida:


"Meu caro Cordeiro Alves:
Os melhores cumprimentos.
Aqui lhe mando, como prometi, a minha leitura, decerto muito apressada, sobre o seu encantador livro, de cujo valor só me apercebi, depois de prometer a mim mesmo que havia de fazer dele uma leitura.
Não pela leitura mas pelo testemunho que o livro constitui, gostaria que este apontamento fosse postado no nosso Blog.
Um dia destes mando-lhe o relatório sobre o nosso encontro do ano passado, o que não será mais do que aquilo que o Cordeiro Alves e o Virgílio já disseram. Mas eu tenho de cumprir as minhas obrigações.

Renovo os melhores cumprimentos.
Um abraço do
Manuel Gouveia"


Segue, então, o Post postíssimo do nosso amigo signatário:


"Vozes emersas de tempos e de espaços em Vinhais, de F. Cordeiro Alves

A minha leitura

Para quem não esteve presente no lançamento do livro Vozes emersas de tempos e de espaços em Vinhais do nosso colega Cordeiro Alves acho por bem informar que o mesmo teve lugar no nosso encontro de 2009, com breves palavras introdutórias do abaixo assinado Manuel Gouveia e a apresentação da responsabilidade do Dr. Roberto, em representação do Presidente da Câmara Municipal de Vinhais, Dr. Américo Pereira, que assinou a Nota Introdutória.

Dedicado a “todos os Ex-Alunos, que, desde há duas décadas, vêm rumando a estas inesquecíveis paragens para o (re)encontro com as raízes dos seus sonhos …”, divide-se o livro em três partes fundamentais: “Pré-leitura”, Comunicações e “Recordando a véspera e o ingresso”.

Na “Pré-leitura”, o autor depois de nos informar de que forma surgiu este livro, faz ressaltar “o especial relevo à amizade, ao companheirismo, à potenciação profissional que esta Grande Obra do Seminário nos viabilizou”. Lembra os Amigos que não podem estar fisicamente presentes e ainda os que faleceram, salientando para com todos uma “atitude de solidariedade”.
Aberta a “mala de recordações”, a construção foi tomando forma, alicerçada sobretudo num “plano de simbolismos”.
Ao denominá-lo de “projecto inter-Amigos”, não deixa de fazer um apelo para que surjam “outras publicações do género”, acabando por augurar à “família de Ex-Alunos […] toda a realização pessoal, êxito familiar e sucesso profissional”.
Quase tudo se passa nos e sobre os encontros no Seminário de S. José de Vinhais.

As Comunicações assumem a forma de poesia ou de prosa, dividindo-se, por sua vez: dirigidas aos colegas, durante os encontros; publicadas no Mensageiro de Bragança; nas Bodas de Diamante do Seminário de S. José de Bragança; ao “Ex-Aluno João Conceição Costa”.
Temas como: o claustro, o salão de estudo, o refeitório, as pedras da calçada e os símbolos remetem-nos para recordações vivenciais, tendo como suporte, cada uma delas, um ou outro local referenciado, emoldurados com aquele símbolo – o número pelo qual passávamos, muitas vezes, a ser conhecidos e que nos acompanhava em todos aqueles locais.

E, então, não posso deixar de referir, por exemplo, “o claustro da amizade” a oferecer “um muro, um abrigo, uma esquina”, no montar dos caloiros, com o “cesto do pão e queijo americano” e a água da torneira a saciar a “estranha e subtil mágoa”; o árduo trabalho no salão de estudo, onde “os nossos rumos começaram”, salão “que a todos potenciou”, que perante dificuldades, torcia “para o nosso lado” como “uma compreensiva e meiga mãe”, o salão da “inesquecível carteira desdobrável”, para o qual o nosso reconhecimento pode ser traduzido numa “prece fervorosa” a Deus; o leitor, “a oração inicial”, os chícharos – “os heróis da lenda”, “fosfórico-tonificantes” - , e o deo gratias, a par de um verdadeiro apetite sequente à “anxiógena fome”, “frente aos talheres de alumínio amolgado”, partilhando “os ruins e os bons momentos”, tudo naquele “monacal refeitório”; o permanente incentivo das “pedras da calçada”, de cada uma registado como se elas falassem, percorridas como “um transeunte, em diáspora constante” e “agora amarradas com liga de cimento”; e sem querer entrar na polémica dos símbolos e do significado, todos estes lugares percorridos pelo 150, o mesmo que também dava pelo nome de Cordeiro Alves.
Já o Rescaldo de ENCONTROS de ex-Alunos e Mais um encontro de ex-Alunos …, em forma de crónicas no Mensageiro de Bragança, nos remetem para outras reflexões. A primeira crónica, atravessada por quatro “iniludíveis sentimentos”, como o saudosismo, o “sentimento do outro”, a contingência e o futurismo, aponta-nos para um passado em que “os valores prevaleciam sobre a subversão dos mesmos”; para o “assalto de curiosidade pelo bem-estar dos antigos colegas” e “a satisfação pelo seu sucesso”; para a preocupação pelo “imponente imóvel” que é o Seminário de S. José de Vinhais, em degradação “cada vez mais acentuada”; e, finalmente, para que destino a dar “a este cinzelante monumento das nossas vidas”, chamando aqui o importante papel que uma Associação dos ex-Alunos poderia ter, relevando, ao mesmo tempo, o esquecimento do País perante a “incomensurável oferta” que esta Casa lhe deu, ao lançar para a rede social, conforme Ao salão de estudo de incontáveis rumos de vida … : empresários, funcionários públicos, funcionários dos bancos e seguros, psicólogos, investigadores, políticos, escritores, jornalistas, académicos, juristas, professores, médicos e magistrados, todos “que lá se fizeram gente”.
A segunda crónica refere-se aos encontros como “uma ritualidade assumida e ansiosamente esperada ”, carregados de emoções e de “expressões hilariantes que abraçam o passado e demandam o futuro de tantos projectos pessoais”; e da vibração “até ao âmago” com os depoimentos, o refazer do “filme pessoal […]”, e a recordação do toque da “cabra”. É o darmo-nos um pouco aos “cantos e recantos” que nos foram tão familiares e deles bebermos a força que nos anima a prosseguir.
A finalizar, informa sobre a existência do nosso Blog, onde todos “podemos fazer ouvir a nossa voz”.

Depois, As encruzilhadas, Do para quê ao quando, Lonjura, Quem somos? e Um périplo de 50 anos, em primeira pessoa … aparecem como temas decerto fundados em situações vividas, funcionando como reflexão cujo fio condutor não se afasta muito do caminho em que, como os demais colegas, o autor, quase sem se dar conta, se viu envolvido, primeiro pelo chamamento – simbolizado pela parábola do jovem rico -; depois nas dúvidas, no despertar para o mundo e nas dificuldades a ultrapassar, representadas pela “cabalística suma”; a seguir, no problema da lonjura que impede de se alcançar o téminus da caminhada, por muito que se queira, a não ser pela força estimulante vinda “do nosso conventual casarão”; envolvido ainda numa paragem dessa caminhada para responder à questão – Quem somos? – e admitir que, sendo “netos do iluminismo, filhos do modernismo, irmãos da pós-modernidade e primos das hodiernas convulsões sociais”, a melhor resposta lhe veio de um Ex-aluno, ao revelar-lhe que “todas as pessoas olham para nós como cidadãos honestos, trabalhadores e confiáveis”; terminando no revelar dessa caminhada que, desde 1958 a 2008, o fez passar pelo Seminário e cidades europeias, onde absorveu cultura e cumpriu a sua obrigação profissional, enquanto diz rememorar factos e ouvir histórias, e – parece-me! – acabando por encontrar o términus desta sua caminhada, ao afirmar que “não mais pude conter a sede de aqui regressar, desde 98, Junho, tal é a força e a atracção que aqui me galvanizam, anualmente!”.

Muito interessante a comunicação nas Bodas de Diamante do Seminário de S. José de Bragança, desenvolvendo o tema “ser seminarista” desde os anos 30 até hoje, subdividido em três etapas, das quais, “foi testemunha, por suporte e implementação, a instituição que hoje celebra as suas Bodas de Diamante”.
A comunicação desenvolve quatro vectores […] “da influência desta indelével e destacável instituição sobre as nossas vidas”, a saber: “formação, informação, axiologia, dimensão sociológica”, testemunhando, no final, o seu profundo reconhecimento e o dos seus Colegas Ex-seminaristas “ao Seminário de S. José de Bragança por aquilo que conseguimos ser e somos, por tudo o que nos foi possível assumir e defender no percurso existencial, quer como católicos conscientes, quer como cidadãos pautados pelo humanismo, pelo sentido crítico-cognitivista e pela verticalidade ética”.

Por fim, a “carta” ao ex-Aluno, Companheiro e “secular amigo” João Conceição Costa releva o seu recente contacto com o Seminário e os Companheiros “das nossas actuais revisitas às raízes”, e identifica-o como exemplo de atenção e de solidariedade, de amizade e de admiração, enquanto não deixa de o convidar a, “caso as forças o permitam e fazemos votos por tal, no próximo Encontro 2009, […] [vir] reunir-se connosco”.
Referindo-se à “continuidade do nosso MOVIMENTO de Amigos do Seminário de Vinhais”, informa que, no dia desta comunicação, 29 de Junho de 2008, o seu caso foi apresentado “como um marco paradigmático excepcional no contexto desta inefável tarefa de construção de homens” e termina com um “sincero BEM-HAJA pelas palavras identitárias e amigas”, manifestado por “ todos, em uníssono”.

Quero agora trazer aqui a tão significativa e emocionante recordação d’a véspera e o ingresso. E, se me permite o meu caro Cordeiro Alves, quero fazê-lo, enquanto vou revendo também a minha véspera e o meu ingresso no Seminário de Vinhais, uns anos mais cedo, em 1953. Ao mesmo tempo, atrevo-me a convidar todos os que fizerem o favor de me ler a voltarem a esse seu tempo com o carinho, a simplicidade, a amizade, a compreensão e a beleza com que o faz este colega.
Elegante testemunho relativo, como disse, ao dia que antecedeu e o primeiro da entrada para o Seminário, até acordar no dia seguinte.
Iniciou-se a jornada da véspera em Santulhão, numa manhã de “chuva miudinha”, a cavalo numa égua, na companhia do pai, para apanhar a furgoneta de caixa aberta que vinha da Matela. Após três horas de viagem sobre as tábuas da caixa, debaixo de parte do guarda-chuva de um companheiro de viagem e tentado a surripiar uns bagos “de uvas formosas e de rei”, que também ali viajavam mas dentro de um cesto, chegou a Bragança, onde pessoa amiga o recebeu, o levou para casa e lhe serviu o almoço que ele não estava disposto a aceitar – não porque não tivesse vontade de comer mas porque lhe causavam atrapalhação os talheres com que se viu confrontado. E aí lhe surgiu a primeira dúvida em relação à vida no Seminário, pelo facto de ter de comer com o garfo na mão esquerda: “Será que vai haver muitas coisas ao avesso?”
Após um jantar com “outro ritual angustiante”, foi uma noite agitada, mal dormida, para nova surpresa ao pequeno almoço com a manteiga e o bijú.
Depois, foi o seguir para a camioneta, junto à estação, onde encontrou os futuros colegas e “um Senhor padre, alto, de batina e chapéu de aba virada”, que dava ordens aos rapazes “de fato e boina pretos” para entrarem numa ou noutra camioneta – a mocha ou a canhona.
A viagem foi-se arrastando por hora e meia, sem grandes momentos a registar, a não ser a surpresa, quando, em Castrelos, aconteceu o episódio da “casa dos cantonêros!”.
Chegada a Vinhais: a longa escadaria, as botas novas, o saco e a mala a atrapalharem. Depois, foi a estranheza acontecida no “hall de recepção”, quando “um Senhor Padre” que dava as boas-vindas o chamou pelo nome! E até sabia que vinha de Santulhão!
Já nos claustros, um outro Senhor Padre lhe indicou o caminho da camarata e “exclamava”, como aos demais, para fazer a caminha. Resolvido o problema da cama com a ajuda de um colega já experiente, foi a vez dos recreios - o de baixo e o de cima -, da percepção da “abundante corrente de água” que desempapava “o pão com queijo amarelo”, do “montar caloiros”, da iniciação aos gambuzinos, do primeiro contacto com a cabra e a fila para o refeitório.
E no refeitório, com a fome que tinha, voou a “sopa de couves-galegas” e voaram os “chícharos com couves […] e postas de bacalhau”, apesar de secos, parecendo não lidarem muito bem com o azeite que, na sua terra, não lhe faltava.
Do refeitório para a capela, onde conheceu outro Senhor Padre, este “com voz de quem apanha pardais”, que lhes dava bons conselhos e apelava para “as regras da boa educação”.
Rezada a oração da noite, foi a hora de deitar e mais uma surpresa antecedida de uma ordem: “Tirar as calças dentro da cama!”. Ora, manobrar para tirar as calças dentro da cama foi uma boa razão para a cama cair. Tudo recomposto, passou-se a noite “de um só sono”, até ao acordar com a cabra a estalar “por todos os lados”.
E foram então: o levantar “meio assarapantado num mundo que se abatera sobre mim, quase como um trovão imprevisto”, os lavatórios e a aprendizagem “com os outros” para uma vida cheia de rituais de uma cultura que haviam de prolongar-se e fazê-lo “emergir para o saber, para os valores, para a vida”.

Resta-me agradecer ao Cordeiro Alves o ter-me proporcionado falar sobre estas lembranças, tendo-me eu feito, entretanto, um companheiro de viagem - uma viagem que começou naqueles afastados anos e que, pelos vistos, ainda não terminou.

Parada, 24 de Maio de 2010
Manuel António Gouveia"
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Mais uma vez, além do obrigado primeiro, apresentamos um segundo e testemunhamos que o Gouveia é um leitor fiel e crítico apurado, facetas que exigem imedíveis Parabéns!
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Mais outra coisa: O ENCONTRO DOS EX-ALUNOS deste ano de 2010 continua a ser em VINHAIS, precisamente no ÚLTIMO FIM DE SEMANA DE JUNHO!

quarta-feira, maio 12, 2010

Poderás aproveitar...





Caro Ex-Aluno:
Com a gentileza e oportunidade do nosso Manuel Gouveia, deixa-se a informação supra, transformada, aliás, em imagens, pois a documentação inicial não tem suporte em Sítio da Web, que se saiba, para o qual bastaria apenas fazer um Link. Contudo, com a ampliação das imagens, é perfeitamente visível o seu conteúdo (basta um Click).

Nota: Vale a pena ouvir o Prof. César das Neves... Claro, se puderes ir!