O Virgílio do Vale manda uma "carta-desabafo", ainda numa fase de rescaldo do fogo de amizade do nosso último Encontro, o célebre 25.º, considerado o das nossas Bodas de Prata. Com uma dignidade e verticalidade que só o Virgílio sabe expressar!
Vejam só:
Vejam só:
"Amigos e companheiros da jornada brigantina:
Antes de mais, uma saudação amiga e fraterna para todos os que me ledes e tivestes de suportar, impávidos e serenos, aquele meu desabafo em fim de festa.
Foi triste e lamentável ... Melhor teria eu feito se me mantivesse calado, pois não teria pronunciado aquelas palavras que não passaram de um desaforo. Já passou quase uma semana sobre essa data e tenho vivido estes dias bastante zangado comigo mesmo. De facto, houve vários companheiros que manifestaram apoio, mas houve três amigos que me deram uma grande lição, naquela hora. O Cordeiro Alves, o Albano Mesquita e o Emílio Falcão. Falaram de amizade, de companheirismo e de compreensão. Não deram importância àquilo que serviu de mote à minha intervenção. E, por isso, lhes agradeço não só as palavras que proferiram mas, sobretudo, a calma e a tranquilidade que manifestaram nas suas palestras. Foi, na verdade, um encontro de amigos, como todos os outros que já vivemos. Um encontro que teve lacunas e, objectivamente, a maior foi minha, pois os cânticos da Eucaristia não saíram bem. Foi talvez o ano em que pior se cantou na Missa dos nossos encontros. A coisa esteve tão mal, tão sem jeito... que nem festejámos o facto de ser o ano das Bodas de Prata e muito menos demos os parabéns fraternos ao recém ordenado Diácono, o muito amigo Emílio Raposo Falcão.
De resto... revimos amigos, trocámos impressões sobre assuntos imprevistos, mas vim de alma dorida e "asas" meio partidas, pouco dispostas a outros voos. Vai em mim um turbilhão de sentimentos confusos que espero resolver a contento com o passar dos dias, porque quero voltar a sorrir com todos vós.
Um grande abraço
Virgílio do Vale".
Fantástico! Porque se confessa bem, mesmo sem faltas, o Virgílio tinha dado um grande confessor (Virgílio, desculpa a provocação!). E ainda dizem que há falta deles!... Sem palavras perante este gesto de hombridade e nobreza!