segunda-feira, julho 28, 2008

Alguma gente de 1958-1959, em caminhada até à Filosofia

Grande parte dos Alunos que deram entrada em 1958-1959


Em Bragança, 1963-1964, uma vistosa carecada, como ritual iniciático à Filosofia...


Em 1963-1964, reunida grande parte da Comunidade de Filosofia, em frente ao Seminário de Bragança, com Alunos de 5.º, 6.º e 7.º anos...


Não sabemos se serão perceptíveis todos e cada um dos protagonistas. Procurem fazer um Click sobre as Fotos para as ampliar quanto elas permitam...


OBS. Estas Fotos foram-nos enviadas pelo Orlando António Samões, um dos Caloiros de 1958-1959. Daqui um abraço para ele, que conseguiu preservar estas preciosidades no cofre das suas lembranças. Viva, OAS!!!





sexta-feira, julho 18, 2008

Um Comentário/Reflexão ao Encontro 2008


O grande maestro e animador dos Encontros, o nosso Virgílio do Vale, enviou-nos um texto seu, que reproduzimos para poder ser lido por todos os Amigos. Uma reflexão-rescaldo pós-Encontro 2008, que merece uma atenção e uma análise objectiva por parte de todos os que estivemos presentes. Mas deixemos que seja o Virgílio a falar, pois é claro como a água:
"À boa maneira transmontana, mandaram-me entrar nesta casa chamada blog sem me perguntarem quem eu era… (entre quem é…) e aqui estou a dar dois dedos de conversa fiada com todos os que, mais ou menos “bonancheiramente”, se sentarem à volta desta “lareira” do pensamento, numa tentativa de matar saudades dos tempos idos, mais ou menos remotos ou até recentes, como será o caso de falar sobre o último encontro dos finais de Junho de 2008.
Entrei e andei à procura de todos os eidos e andâmios cá desta coisa e, antes de mais, devo dizer que ainda não topei a acta desse último convívio fraterno, solenemente prometida pelo “escrivão-mor do reino”, o grande e ilustre amigo Manuel António Gouveia. Vamos lá a ver se já perdeu o bom hábito da pontualidade!... Quanto a este Pêro Vaz de Caminha do século XXI, quero dizer-lhe que adorei ler os dois poemas – o da entrada e o da saída do Seminário pois reflectem muito do que se passou comigo, embora em circunstâncias diferentes.
Devo dizer que o Encontro 2008 não me correu a gosto, tanto quanto desejava. Não direi porquê, para não dar guarida a aspectos negativos, pois o importante será referir o que de positivo aconteceu. E foi muito forte a emoção que senti quando deparei com o Sr. Padre Telmo Ferraz que tinha visto outrora e que já não conhecia. Estivera com ele na inauguração da Barragem de Picote onde ele desenvolveu uma acção enorme de cariz social; contactei com ele através da leitura do seu livro “O Lodo e as Estrelas” que é um testemunho vivo e sentido dos problemas gravíssimos que os trabalhadores braçais da barragem enfrentavam, narrados em pequenas histórias maravilhosamente contadas; e soube da sua entrada na Obra do Pai Américo e a sua ida para Angola onde deu continuidade a essa vocação de tudo fazer em prol dos rapazes pobres e abandonados. E todos pudemos constatar a bondade da sua pessoa ao se referir em termos simples mas autênticos às pedras, carteiras e pessoas que não esquecemos ao longo dos muitos anos que já passaram. Tanto assim que aquelas pedras se converteram numa lágrima saudosa…
É sempre bom rever os amigos, mesmo aqueles que aparecem sempre porque, se tal não acontece, já os pensamentos se desviam para maus presságios. Este ano foi o caso do Ramiro e do Gouveia (Artur?) que não responderam à chamada, devido a doença. Que São José os ampare na doença e lhes restitua saúde para poderem regressar.
Não apreciei a discussão que se travou no final do almoço. Não intervim para não tornar o almoço ainda mais longo, mas devo dizer que se for constituída a dita Associação dos ex-alunos eu não alinho. Já não estou em idade de participar num grémio de pessoas, por muito amigos que sejam, sujeitas a regras e dependentes de órgãos sociais para tudo e para nada. Considero que os encontros informais, como até agora, são mais profícuos e atraentes. A obrigatoriedade não será boa norma para dar continuidade àquilo que temos feito ao longo destes dezoito anos. Mas esta é a minha ideia e nada obsta a que se constitua a Associação… sem mim.
Antes de dar por findo este comentário, sempre direi que vou continuar a visitar os andâmios que ainda não visitei, até porque gostei de ter visto e lido o que já encontrei.
Para todos um grande abraço do Virgílio do Vale. "

terça-feira, julho 01, 2008

Depois de 28/29 de Junho/2008 - 3: Um caso excepcional!


Este Bilhete Pessoal é um autêntico símbolo de valores, de uma postura rara perante os outros, de uma atitude crítica perante a vida, de uma lucidez extrema do que é a disponibilidade para os demais! Obrigado pela Lição, Dr. João Conceição Costa! - (Um click nas imagens para ampliar)

O Texto do Bilhete é apresentado, sob forma mais legível, no espaço que se segue, ainda que com uma ou outra pequena omissão:

"João Conceição Costa Junho de 2008
Antigo Colega do Seminário de Vinhais
Dig.mo Cónego da Diocese de Bragança e
Miranda:

Organizei um pequeno livro com o 50.º
Aniversário do Seminário que resolvi enviar-
-lhe. Se quiser mais algum para oferecer
aos Rev.os Padres (... ilegível)

------

Posso dispor de mais algum livro se tiver interesse. Se
precisar ligue-me que eu ainda
tenho mais que ! livros.
Não quero tirar-lhe mais tempo.
Um abraço do velho amigo
e companheiro
João Conceição Costa
Os 100 anos não deixam escrever melhor
".
Simplesmente de pasmar!

Segue-se a apresentação, sob a forma de imagens digitalizadas, do revelador e instrutivo discurso que o Dr. João Conceição Costa proferiu no 50.º Aniversário (Bodas de Ouro) do Seminário de Bragança-Vinhais, 19/20 de Setembro de 1970. Pelas suas palavras, é possível conhecer um pouco deste Ex-aluno, agora com 100 ANOS DE IDADE! Uma história de vida incomparável!









Os Ex-Alunos do Seminário de S. José, no dia 29 de Junho de 2008, à hora das "intervenções", no saboroso Almoço, decidiram, por referendum obrigatoriamente democrático, endereçar ao Dr. João Conceição Costa uma resposta ao seu tão apreciado e sensibilizante testemunho, que no seu Bilhete Pessoal nos quis prendar. Tal resposta originou o seguinte, breve mas sentido, texto, que lhe será enviado, mesmo que as novas técnicas de comunicação nos permitam antecipá-lo:
****************
Caro João Conceição Costa, Ex-Aluno dos primórdios deste Seminário de S. José e também Companheiro das nossas actuais revisitas às raízes!
Quando lemos o seu "livrinho", centrado no discurso que proferiu pelo 50.º Aniversário desta Instituição, encontrámos dentro um Bilhete Pessoal que vivamente nos sensibilizou. De facto, as palavras nele contidas fizeram-nos constatar que a máxima do filósofo Pascal - o coração tem razões que a razão desconhece - ganha pleno sentido e concretização na pessoa do nosso secular amigo João C. Costa.
Sinceramente, admirámos a sã ousadia de nos tratar por Antigos Colegas e Companheiros, quando este velho amigo é, afinal, para nós um mestre da autenticidade, da verticalidade ética e altruísta, que conserva aos seus 100 anos de vida. Se alguém não fosse dotado de sensibilidade, cremos que, pela força das suas palavras, ganharia toneladas da mesma e apregoaria que, realmente, a razão cede, em momentos auge, o lugar ao coração.
Atrevemo-nos a lançar o desafio, e todos os que lemos o seu pensamento sentimo-lo profundamente, que, caso as forças o permitam e fazemos votos por tal, no próximo Encontro 2009, o velho amigo e companheiro venha reunir-se connosco. Sabemos que em si reside uma parte da chama que a todos nos identifica, uma substancial referência para o fundamento dos nossos anseios e projectos de vida. Quase nos atrevemos a dizer que o João Costa, ao lado de outros pares que ainda o tempo conserve, constitui a ôntica raiz em que o nosso ser se foi constituindo e desenvolvendo. Só esse facto merece de todos nós um indizível reconhecimento pela sua amistosa saudação.
Neste dia 29 de Junho de 2008, em que tantos Ex-Alunos expressaram os seus desejos e também preocupações pela continuidade do nosso MOVIMENTO de Amigos do Seminário de Vinhais, foi apresentado o caso João Costa como um marco paradigmático excepcional no contexto desta inefável tarefa de construção de homens. Por isso, neste breve apontamento, mais fruto da quente emotividade que da fria racionalidade, todos, em unissono, apresentamos ao João Conceição Costa um sincero BEM HAJA pelas suas palavras identitárias e amigas.
Em nome de todos os Ex-Alunos presentes no Encontro 2008,
Francisco Cordeiro Alves.

Depois de 28/29 de Junho/2008 - 2

É verdade que "o tempo não morde as pedras em que brincámos enquanto crianças" (P.e Telmo Ferraz, 29 de Junho de 2008).

À procura de um amigo...

São essas pedras que agora pisamos de mansinho, como que embalando o berço dos nossos caminhos e projectos.

Cada um de nós conhece os recantos deste imponente e confidente edifício: claustros, capela, recreios, chafariz, refeitório, etc., etc., que revisitamos. Mas conhecemos, sobretudo, e reencontramos AMIGOS: seus olhares, seus gestos, suas emoções, seus sonhos...

Qualquer um saberá ler a série de flashes que aqui ficam postados como testemunhos e exemplares de múltiplas facetas do Encontro/2008.


Lá continua a mítica figueira...




Grandes encontros e reencontros...


Três marcos de referência: (da esq. para a direita)
Francisco Formariz, Telmo Afonso, Telmo Ferraz.


Menu gostoso, servido com lembranças e epopeias...


Desafios!...



Nova cara do monacal refeitório


Olha lá, tu, viste o ele?



Finanças inseguras....



O tempo não "mordeu" este lugar-refúgio...



Até tem peixinhos vermelhos...




É verdade que "o tempo não morde as pedras em que brincámos enquanto crianças" (P.e Telmo Ferraz, 29 de Junho de 2008) e também não morderá a fantástica rede de relações interpessoais... Esperamos reatá-las "lá pr'a Junho de 2009"...