sexta-feira, julho 18, 2008

Um Comentário/Reflexão ao Encontro 2008


O grande maestro e animador dos Encontros, o nosso Virgílio do Vale, enviou-nos um texto seu, que reproduzimos para poder ser lido por todos os Amigos. Uma reflexão-rescaldo pós-Encontro 2008, que merece uma atenção e uma análise objectiva por parte de todos os que estivemos presentes. Mas deixemos que seja o Virgílio a falar, pois é claro como a água:
"À boa maneira transmontana, mandaram-me entrar nesta casa chamada blog sem me perguntarem quem eu era… (entre quem é…) e aqui estou a dar dois dedos de conversa fiada com todos os que, mais ou menos “bonancheiramente”, se sentarem à volta desta “lareira” do pensamento, numa tentativa de matar saudades dos tempos idos, mais ou menos remotos ou até recentes, como será o caso de falar sobre o último encontro dos finais de Junho de 2008.
Entrei e andei à procura de todos os eidos e andâmios cá desta coisa e, antes de mais, devo dizer que ainda não topei a acta desse último convívio fraterno, solenemente prometida pelo “escrivão-mor do reino”, o grande e ilustre amigo Manuel António Gouveia. Vamos lá a ver se já perdeu o bom hábito da pontualidade!... Quanto a este Pêro Vaz de Caminha do século XXI, quero dizer-lhe que adorei ler os dois poemas – o da entrada e o da saída do Seminário pois reflectem muito do que se passou comigo, embora em circunstâncias diferentes.
Devo dizer que o Encontro 2008 não me correu a gosto, tanto quanto desejava. Não direi porquê, para não dar guarida a aspectos negativos, pois o importante será referir o que de positivo aconteceu. E foi muito forte a emoção que senti quando deparei com o Sr. Padre Telmo Ferraz que tinha visto outrora e que já não conhecia. Estivera com ele na inauguração da Barragem de Picote onde ele desenvolveu uma acção enorme de cariz social; contactei com ele através da leitura do seu livro “O Lodo e as Estrelas” que é um testemunho vivo e sentido dos problemas gravíssimos que os trabalhadores braçais da barragem enfrentavam, narrados em pequenas histórias maravilhosamente contadas; e soube da sua entrada na Obra do Pai Américo e a sua ida para Angola onde deu continuidade a essa vocação de tudo fazer em prol dos rapazes pobres e abandonados. E todos pudemos constatar a bondade da sua pessoa ao se referir em termos simples mas autênticos às pedras, carteiras e pessoas que não esquecemos ao longo dos muitos anos que já passaram. Tanto assim que aquelas pedras se converteram numa lágrima saudosa…
É sempre bom rever os amigos, mesmo aqueles que aparecem sempre porque, se tal não acontece, já os pensamentos se desviam para maus presságios. Este ano foi o caso do Ramiro e do Gouveia (Artur?) que não responderam à chamada, devido a doença. Que São José os ampare na doença e lhes restitua saúde para poderem regressar.
Não apreciei a discussão que se travou no final do almoço. Não intervim para não tornar o almoço ainda mais longo, mas devo dizer que se for constituída a dita Associação dos ex-alunos eu não alinho. Já não estou em idade de participar num grémio de pessoas, por muito amigos que sejam, sujeitas a regras e dependentes de órgãos sociais para tudo e para nada. Considero que os encontros informais, como até agora, são mais profícuos e atraentes. A obrigatoriedade não será boa norma para dar continuidade àquilo que temos feito ao longo destes dezoito anos. Mas esta é a minha ideia e nada obsta a que se constitua a Associação… sem mim.
Antes de dar por findo este comentário, sempre direi que vou continuar a visitar os andâmios que ainda não visitei, até porque gostei de ter visto e lido o que já encontrei.
Para todos um grande abraço do Virgílio do Vale. "

1 comentário:

Anónimo disse...

Aprendi muito