quarta-feira, dezembro 22, 2010

NATAL FELIZ e 2011 MAIS MAIS!

Para todos os que por lá trilhámos as lajes do monumental Claustro e aí aprendemos a ser HOMENS, Um NATAL Fantástico e Um 2011 à medida dos nossos sonhos!

domingo, novembro 14, 2010

Partiu ANÍBAL JOÃO FOLGADO e ficámos pesarosos!

HOMENAGEM SIMPLES A UM GRANDE HOMEM E PADRE...


Nasceu a 8 de Junho de 1926, em Picote, Miranda do Douro, frequentou o Seminário Diocesano de Vinhais ( http://www.mdb.pt/noticia/1325 ) e foi ordenado Sacerdote, em Bragança, pelo bispo D. Abílio Vaz das Neves ( 8 de Junho de 1949).

Um dos nossos (entrada a 1937-1938), por cujas mãos passaram centenas de Ex-Alunos. Faleceu nesta madrugada de 14 de Novembro e irá a sepultar a 15, partindo da Catedral de Bragança, a cujo Cabido pertencia.

Não há palavras para qualificar a sua vasta obra sacerdotal, cultural e social. Apenas nos ocorre deixar o nosso reconhecimento por tudo o que fez por nós, seus alunos e admiradores.

SENTIDOS PÊSAMES À SUA ESTIMADA FAMÍLIA e que EM PAZ DESCANSE!


Pode ver a Notícia do Falecimento do Cónego Folgado em MENSAGEIRO DE BRAGANÇA de 18 de Novembro (alerta-se para alguns detalhes da notícia a necessitar de maior precisão):

Quando um amigo se vai, fica um espaço vazio... Mas nada o pode apagar do percurso das nossas vidas...
http://www.youtube.com/watch?v=hjfH2oNsa34

terça-feira, agosto 03, 2010

Livro de Francisco da Costa Andrade



click na imagem

Um dos Ex-Alunos do Seminário de Bragança, Francisco da Costa Andrade, envia um CONVITE para o Lançamento da sua obra - DESTINOS JOGADOS EM VIDAS A SALTO -.

Por iniciativa do Emílio Falcão, tomámos conhecimento do seguinte E-mail, da ARM, que, por sua vez, dá a palavra ao nosso amigo F. Costa Andrade, que convida e deixa antever o sucesso da sua obra.

Desde já, http://amigos-seminario-vinhais.blogspot.com/ saúda e apresenta PARABÉNS ao Chico Andrade, augurando, igualmente, um estrondoso impacto na aldeia de Carção, no distrito de Bragança, no País e além-fronteiras.


---------- Mensagem encaminhada ----------De: ARM Associação Regina Mundi regina.mundi@hotmail.com

Data: 29 de Julho de 2010 22:55
Assunto: FW:

ConvitePara:


Boa noite Carissimos,
Reencaminho convite endereçado pelo Costa Andrade.
Não mexi no texto para não estragar. A mensagem é clara.
Ao Costa Andrade, os nossos parabéns e a felicidade do sucesso da obra (que é muito boa, pelos ecos que já me chegaram de quem já leu, e opinou)

Saudações Armistas
A Direcção


Date: Thu, 29 Jul 2010 22:29:16 0100
From: fandrade@iol.pt

To:
Subject: Convite

Maia 29
Amigo e Presidente:

Em Anexo, envio-te o Convite para o lançamento do meu livro, a divulgar pela ARM, pedindo-te que informes as nossas tropas que haverá uma primeira apresentação em Vimioso, no dia 21 de Agosto, destinada a todos os participantes no Encontro de Armistas de Trás-os-Montes, e que o produto das vendas desse dia terá um fim muito especial.

Adivinhas qual será, ou é preciso explicar-te? Se não adivinhas, respondo-te com . .. um sorriso. Igual convite enviei ao Alves Pereira para o inserir no blog da ARM.

Com aquele abraço
F. Costa Andrade

sexta-feira, julho 02, 2010

Pós-Encontro 22 - "A MINHA CRÓNICA"

Artur Gouveia (à direita, Foto 2007)

P.e Bernardo - Capelão Coronel da Força Aérea


Do Virgílio do Vale para todos os participantes no Encontro:


"(...) É apenas um desabafo, mas com satisfação e com um abraço...


A MINHA CRÓNICA


I


A porta da igreja estava entreaberta
e, de repente, escancarou-se:
dois vultos, indistintos no contra-luz,
avançaram pelo soalho encerado.
Um era jovem e bem constituído,
o outro, vergado ao peso dos anos,
apoiava-se num madeiro de base arrendada
e no ombro amigo do acompanhante:
… Eram o Artur Gouveia e o filho!
Estremeci cá por dentro,
fiquei emocionado e, sem pensar,
larguei os companheiros de ensaio
e fui ao encontro do Gouveia,
dando-lhe um beijo de irmão
e as boas vindas muito sentidas…
Não o esperava e fixei a promessa do filho:
- Enquanto tiver vida, vou trazê-lo sempre!...
Ao longo da Eucaristia, dirigi uns olhares
para a sua bancada e reparei que os lábios trementes
balbuciavam as letras que o Grupo cantava.
“Que maravilha” – pensei!
E no final, quando me abeirei para, de novo, o saudar,
em voz sumida e olhos a brilhar de alegria
ouvi-lhe dizer:
- Ó Virgílio, eu também cantei.
Saltei, cá por dentro, da forte emoção
que senti e bem guardei para mim.
Tanto me bastou para, então, poder dizer, com orgulho:
- Meu irmão Gouveia, deste-me a melhor paga
que alguém poderia dar-me…
Mesmo sem cantigas e sem almoço,
o meu dia estava ganho!!!


II


O Bernardo presidiu à Eucaristia
e tratou de nos dar uma lição
sobre as Ordens Mendicantes.
Na homilia soltou-se, nas ideias e nas palavras
e foi por ali adiante como um turbilhão
qual ginete sem freio
em demanda do passado que viveu
e nós também,
à procura de vivências antigas
e justificações para todo um tipo de comportamentos
que nos formataram ou deformaram,
contribuindo para que sejamos o que somos.
E fomos amigos em meninos
somos muito amigos agora
e fomos também camaradas,
ao menos pelas longas noites
dormidas na camarata e tornadas breves
pelo retinir enfadonho e horripilante da cabra,
logo ao despontar do dia…
E não se esqueceu de um piropo ao Grupo das Cantigas
e outro ao Falcão e ao Albano,
pronunciados com um ar feliz
de quem sabe partilhar com os amigos
os bens que a partilha proporciona...
(Menos as bonitas pernas
que alguém poderia querer roubar!!!)
Bem hajas, Reverendo Coronel Bernardo,
Pela Mensagem de fraternidade
Que nos transmitiste e que me leva a pedir:
- No próximo Encontro tens de voltar!!!



III


As refeições foram de cinco estrelas
e, na discussão democrática,venceu a permanência em Vinhais...
E foi bonito de ver o Manuel Joaquim
todo sorridente e feliz
como qualquer menino
a quem tivessem dado um sorvete saboroso
em dia tórrido de Verão... "
VIRGÍLIO DO VALE


Só podemos comentar para o Virgílio do Vale: - Humano, profundo, pedagógico, bonito! Parabéns!

segunda-feira, junho 28, 2010

Encontro 22.º - 2010 / RETALHOS 3



27 de Junho - Continuação...



Houve, na sequência da Eucaristia, uma apresentação PowerPoint, centrada nos valores comuns aos Ex-Alunos, necessidade do seu reforço e reafirmação do espírito de FAMÍLIA que nos vem caracterizando, parâmetros que justificavam o tema daquela: Retalhos e Perspectivas de (Re)Encontros.

Na sequência lógica ou por concomitância, levantou-se o problema da Forma e Continuidade dos nossos Encontros, que, grosso modo, se traduziram em: FINS, LOCAL, MEIOS, QUEM E ESTRUTURAÇÃO?

Manifestaram-se várias opiniões, mas prevaleceu, quase unânimemente, a posição de ENCONTROS SIM, MAS EM VINHAIS! Só se fosse totalmente impossível aqui, é que procuraríamos outra solução! A partir deste consenso, mortuus est pitus in casca!


Realmente, há raízes que é difícil cortar. E as raízes sustentam a árvore. E a árvore tem ramos, comparáveis à rama da centenária oliveira, em cuja ancestralidade e experiência "... tomara quem me ensinara, que quem aprendia era eu". A propósito, olhem como se canta e se aprende:




Chegou o almoço. Que rica ementa: aperitivos da região, caldo verde, leitão, ui!, sobremesa, café! Se no tempo da nossa passagem por aqui houvesse estes mimos, até os carros de bois chiavam! Até talvez os de cortiça chiassem...


Enquanto se almoçava, houve palavras, às vezes quase silêncios, avisos, etc., mas o que primou, fundamentalmente, foi a partilha de experiências e de percursos de vida, foram os reencontros, alguns com mais de 50 anos de distanciamento... O tempora, O mores! E houve alegria, satisfação, projectos de futuro!


Ainda antes do desfecho, apareceu o balanço das estatísticas do nosso Blog:


http://amigos-seminario-vinhais.blogspot.com

Com recolha feita a 22 de Junho (há uns quatro/cinco dias), eis o movimento de visitas:


Total de Visitantes ao Blog:
13586
Total de Visitas únicas (49%)
6661
Total de Visitas repetidas (mais que uma vez) (51%)
6925


Espera-se que muitos mais visitantes apareçam e que enviem documentação, como: poemas, textos de reflexão, de saudosismo, de futurismo, fotografias, “relíquias” do tempo em Vinhais, etc., para podermos ter matéria para o Blog. E que haja muitas sugestões, propostas, comentários!


E, quase como repetição de uma gravação conhecida e amistosa, vieram palavras, que podiam ter tido diversas, muitas mais e autorizadas fontes, mas emergentes apenas, na sua versão textual, de um pretenso intérprete da vontade colectiva, dado o seu ponto de vista conciliatório e proactivo. E assim se expressou o Autor, enquanto testemunho de 12 anos de participação ininterrupta em Encontros dos Ex do SSJVinhais:


- Desde há uns 20/22 anos, para os primeiros e fundadores destes Encontros, e desde há uns anos menos para outros que viemos juntar-nos, o Seminário de S. José de Vinhais tem sido o local onde se vem consolidando uma grande família, cimentada na amizade interpessoal, cujas balizas se situam na notícia, nas histórias passadas e presentes, na vivência e resiliência de momentos mais do que menos felizes, na redescoberta da meninice em tempos e espaços que a nenhum de nós deixam indiferentes. Sinto-o e, porque o sinto, digo-o: este local da nossa infância será indelével nos nossos trajectos e projectos de vida e, por isso mesmo, convém acender-lhe a vela da perenidade e do sonho!
Pela óptica da perenidade, teremos que estar cientes de que a contingência dos eventos sobrevém, quando aquela chama se vai esvaindo, sem que, para tal, haja como factor explicativo o desinteresse ou a despreocupação seja de quem for. É assim, segundo a velha dialéctica hegeliana da tese, antítese e síntese. Estamos em constante fluir, em mudança, em transformação que a percepção dos homens não pode ignorar. É, pois, pertinente perguntar: - E o nosso futuro? Neste Seminário? No Seminário de Bragança, que, pelo que sei, nos abrirá sempre as portas? Anos alternados entre Vinhais e Bragança? Outras hipóteses?
Talvez tenhamos que nos render à realidade mutável, a que aludi, mas uma coisa sabemos: queremos continuar com a chama da amizade, a reacender em encontros anuais, seja onde for, mas sobretudo sediados na nossa determinação; e é nesse lugar da razão e do afecto que gostaria que nos encontrássemos. Na verdade, depende de nós se gostamos ou não de continuar a sonhar, como diz José Régio, com “o longe e a miragem”. E porque entre nós se radicou e cresceu a árvore de uma família ramificada mas unida, esse sonho vai seguramente continuar, como diz a máxima popular, "enquanto Deus quiser e nós pudermos"…
E como o longe e a miragem também têm uma dimensão escatológica, evocamos a saudosa e inesquecível memória de todos os nossos amigos que já partiram, mencionando os que mais recentemente nos deixaram: Norberto Daniel Rodrigues (de 1957), António dos Ramos Sousa (1956), P.e Belisário Augusto Miranda (1952) e P.e António Alberto Neto (1948). Se também eles o puderem receber, um grande abraço, pelo menos virtual, de todos os Ex-Alunos presentes.


Um dos Ex-Alunos - SSJVinhais, 27 Junho de 2010


E... o "ADEUS, ATÉ P'RÓ ANO" foi-se repetindo, mãos nas mãos, olhos nos olhos, com a reciprocidade de um élan vital pessoal, tipo bergsoniano, que ninguém sabe explicar, mas que está lá...

Encontro 22.º - 2010 / RETALHOS 2

27 de Junho - A Dimensão Religiosa do Encontro


A vellha Capela/Igreja esperava os Ex-Alunos para as 10.00 horas e cumpriu-se a ordem!



Ensaio da praxe! Anual, mas a repetir, porque a lição pode estar esquecida...




Muito afinco na reaprendizagem do tom e da latinidade!




Inicia-se a Missa Gregoriana! Um dos marcos de referência para Ex-Alunos e para a Comunidade vinhaense...




O Padre Celebrante, um dos Ex-Alunos que veio marcar presença, apelou à missão sacerdotal de todos os fiéis e, em especial, dos seus Companheiros nesta casa. Afinal, não há só o sacerdócio ministerial, mas também um sacerdócio comum, ao qual todos somos chamados para desempenhar uma tarefa específica, seja como pedra de bases, seja como pedra de abóbada, mas só a nossa tarefa! Et alia... et alia... Sempre com uma interacção inusitada!


Proclamação da Palavra... Um dos nossos.


Proclamação da Palavra... Mais outro dos nossos.





E o Coro impôs os seus acordes de uma polifonia cativante, sob a regência do imprescindível Maestro! Os sempre empolgantes Benedictus e O Sanctissima ... Mater Amata! A não perder!






Força, rapazes! - "Quero ver esses cimos bem puxados"!


O Público, que encheu a igreja, moveu-se entre a participação e a admiração pelos saudosos acordes do Gregoriano.



E a Eucaristia selou-se com a Comunhão: de palavras, de sentimentos, de valores irmanados, corporizados na recepção da Hóstia Sagrada !




Eis um excerto ao vivo das muitas e frontais palavras do nosso Padre e Amigo Bernardo!

Seguidamente à Celebração Eucarística, houve outras manifestações interactivas, que se inscrevem em RETALHOS 3.

domingo, junho 27, 2010

Encontro 22.º - 2010 / RETALHOS 1

CHEGADA A VINHAIS - Tarde de 26 Junho
Tinha havido tempestade e o céu ainda se apresentava carregado...
Reinava, contudo, uma boa disposição e um visível contentamento pelo reencontro.

Os protagonistas falam, evocam, projectam...

O sol veio bafejar a conversa, que se centra no nosso presente e no nosso futuro...


Eis os saudosos "chícharos", que provocam rememorações e sadio saudosismo.


Tudo se prepara para a Ceia de convívio e de expectativas...

- Venham "eles", bem regados com azeite de oiro e acavalados de ovos e bacalhau!
- Uns aperitivos locais não fazem mal a ninguém... Ora essa!
- Todos bem dispostos?

- Sim, sim! Não está mal! Um pão caseiro maravilhoso!
E aí estão os velhos amigos (os chícharos, claro!), com excelentes serventes na distribuição...
- Sabes, é este tipo de reviver e de ser dos nossos encontros uma das razões que me trazem cá, quase com devoção espontânea e incontornável...
Há espaço e tempo para confidências...

- Olá, há quanto tempo não te via! Por onde tens andado?
- Atenção, meus caros, que aí vem o programa "cultural"... Preparados?

- Estamos à espera! Primeiro número!
- Vai começar! Saiam as "cantigas"!

- Já conheço isto de algum lado! Queres ver que é uma morna cabo-verdiana?

- Venham os poetas e os versos ditos e reditos... Se gosto!


- Não há dúvida, aqui ainda se canta e se diz como deve ser!


- Agradável, mesmo! Gostei de relembrar o Torga!

- Bem, rapazes, este poema é mesmo meu! Ouçam, só!

Houve cantares, velhos e novos, com lídimos cantores e instrumentistas! Assim é que é!
- Vá, afina lá a guitarra, que quero cantar uma...

E cantou-se e recantou-se; sentiu-se e ressentiu-se a sala e a assistência! Bonito!
- Meninos e meninas, ouçam! Não é todos os dias que têm concerto livre...
VIVA! VIVAM TODOS!
E FOI O PRIMEIRO DIA!
Ao som dos últimos acordes, uns seguiram para as camaratas reformuladas; outros, seguiram para suas casas de perto-longe... Mas para amanhã, 10.00 horas, sem atrasos, tudo prometeu voltar. Um grande dia nos espera!

terça-feira, junho 22, 2010

BODAS de OURO SACERDOTAIS - Octávio Sobrinho Alves




O P.e Doutor Octávio Sobrinho Alves também foi um dos nossos.

Caloiro em Vinhais em 1948/49, celebrará os seus 50 anos de Sacerdócio no dia 27 de Junho.

Amigos-seminário-vinhais apresenta cordiais PARABÉNS e deseja muita saúde, muito sucesso pessoal e longa vida de apóstolo e pastor ao serviço da comunidade, que, nesta data, se regozija com o evento.

Um grande abraço dos Ex-Alunos do Seminário de S. José de Vinhais! AD MULTOS ANNOS!


Se algum dos antigos companheiros quiser e puder estar presente, fica o prospecto da celebração para referência.

quarta-feira, junho 16, 2010

Uma HOMENAGEM ao NORBERTO RODRIGUES, de Saudosa e Feliz Memória

Norberto Rodrigues – Um colega a recordar



Norberto Daniel Rodrigues nasceu em Vilarchão, concelho de Alfândega da Fé, a 02 de Junho de 1945 e faleceu em Braga a 21 de Agosto de 2009.
Cursou, a partir do ano de 1957, os Seminários de Vinhais e de Bragança, donde seguiu para abraçar a carreira militar.
Espírito aberto e dedicado às letras, publicou em 2003, como edição da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, o livro “Na Embalagem, o Amor”, como pretensa autobiografia romanceada.
É desse livro que retiro alguns apontamentos.
Licenciado “em Filosofia pela Faculdade Pontifícia de Braga” e Coronel na reserva, contou “duas comissões em Moçambique, uma como Alferes Miliciano e outra como Capitão”.
Foi “condecorado com as Medalhas Comemorativas das Campanhas das Forças Armadas – Moçambique 1966-67 e 1974-75 e ainda com a Medalha D. Afonso Henriques – Patrono do Exército de 2.ª classe. Foram-lhe “atribuídos 11 louvores, 6 dos quais são de Oficial General”.
Curiosamente, o livro começa com a sua despedida do Seminário, assim: “O táxi fez a curva à esquerda, prestes a deixar o jardim da entrada do Seminário de S. José. Nesse momento percorri a vista pelos maravilhosos e simétricos canteiros, olhei comovido a estátua do santo anfitrião, admirei uma vez mais a fachada monumental do edifício, numa despedida escolar definitiva”.
Seminário para onde seguiu, depois de os seus pais coordenarem “os preparativos com o Professor Lauro e com o padre Rosas, já eu o ajudava à missa, para me candidatar ao exame de admissão ao Seminário”; e de onde tomou a decisão de sair: “Era altura de informar a minha decisão. […] “– Não desejo voltar para o Seminário…”.
Parece-me interessante trazer aqui outros registos – estes relacionados com o amor, de tal forma evidenciado nesta sua obra que o levou a incluí-lo no próprio título:
Amor à terra – Vilarchão - terra natal; Parada - terra de eleição; e Bragança - O Seminário; amor à Pátria - “estávamos felizes, tínhamos cumprido o dever para com a Pátria, tínhamos cumprido a missão”; amor à família: aos pais, aos irmãos, ao avô, aos tios, aos primos e aos filhos; amor à mulher com quem se casou: - “Dirigi-me então ao Colégio do Sagrado Coração de Jesus, mais conhecido pelo Colégio das Freiras, para visitar a Joana”; “A Joana fora ao longo destes anos uma mulher querida”; amor ao trabalho, aos costumes e tradições - os palheiros onde dormiam os segadores; “tirar a água do poço”, “a carreira para Alfândega”; às instituições - “admissão ao Seminário”, “o Professor Lauro”, “o padre Rosas”, Mafra e Abrantes; aos amigos - “o trio do Sendim da Ribeira”; a Esmeralda, junto à fonte; “o Alexandre e a Armanda!”; amor à própria vida - no Luatize – sozinhos, sem rádio; as armadilhas; e, longe do teatro de guerra: “apreciei a sensação benéfica de estar fora de perigo, distante das emboscadas e das minas”.
E mais estes “amores”: A PIDE; os bufos na Universidade; “o pau de Cabinda” e “o pau de marmeleiro”.
Quando me foi dado fazer a apresentação deste livro na terra natal do Norberto, em Vilarchão, terminei afirmando:”Se, pelas características deste livro, assumido como romance, o podemos considerar como pioneiro no Concelho de Alfândega da Fé, em relação a uma significativa amostra etnográfica e a um registo de situações a que o povo já não se sujeita, também por outras tantas, entendo que o podemos considerar como valorizável fora das fronteiras do Concelho.
Uma das mensagens mais belas deste livro é, sem dúvida, o amor. E o amor […] é intemporal e universal”.
O Norberto Rodrigues permanecerá na memória de todos como um óptimo companheiro, sabendo reconhecer as virtudes dos outros, sempre bem disposto e dialogante, ligado, por merecimento próprio, a todo o bem que emerge desta caminhada na qual todos nos vemos envolvidos.
Tendo em conta a sua condição de militar, a fim de ilustrar a grandeza do seu carácter, permita-se-me registar esta passagem do seu livro, que poderia intitular de “O Oficial de Operações”
“Nesses meses de estadia no Norte de Moçambique, em que a minha Companhia esteve junto da Companhia de Comando e Serviços, o Oficial de Operações foi o nosso líder.
Ele demonstrou, no campo de batalha e nas relações diárias com cada um de nós, o cultivo das mais altas virtudes militares.
Ele exibiu a sua competência no planeamento de operações militares arriscadas, e dando o exemplo, ao comandar essas mesmas operações.
Ele apresentou-se como um Oficial amigo, capaz de dar um conselho, uma ajuda instantânea, em qualquer circunstância.
Ele foi altruísta. Por exemplo, na sua viagem de férias à Metrópole, a sua primeira visita foi aos doentes do Batalhão, que tinham sido evacuados para o Hospital Militar.
Assim, ao longo do tempo, esse Oficial foi deixando em cada um de nós, uma marca indelével da sua personalidade, fruto de acções compartilhadas no campo da virtude e da honra; é esta gratidão e orgulho que se sente, ao trabalhar, colaborar, num desígnio patriótico, com um homem de estatura superior”.

Macedo de Cavaleiros, 16 de Junho de 2010

Manuel António Gouveia
............................................
Ainda que passado já há algum tempo, deixamos à Família do Norberto os sentidos PÊSAMES de quem sempre o teve como um dos NOSSOS AMIGOS DO SEMINÁRIO DE VINHAIS/BRAGANÇA! E, se o puder receber, UM GRANDE ABRAÇO PARA ELE...

INSCRIÇÃO, CONVOCATÓRIA do ENCONTRO 22.º et Alia...

Click na imagem para ampliar
(se quiseres imprimir: Guardar a imagem como, ampliar e mandar imprimir)



Por amabilidade dos Organizadores Emílio Falcão e Manuel Gouveia, chegaram informações indispensáveis para este próximo ENCONTRO 22.º! Tomem nota da Inscrição (imagem), Convocatória e Ementas, com preçário incluído:



Encontro dos Antigos Alunos do Seminário de S. José Vinhais/Bragança

Caríssimo Amigo e Antigo Companheiro:
As nossas melhores saudações, enquanto nos permitimos recordar-te a data do nosso 22.º Encontro, este ano a 26 e 27 de Junho corrente, com os caloiros de 1959/60, como mordomos, a ter lugar no Seminário de S. José, de Vinhais.
Se quiseres participar activamente no Convívio de sábado, aponta, na ficha de inscrição, qual a tua forma de contribuir – canto, poesia, instrumento musical, dança, teatro, anedotas, experiências de vida.
Mais uma vez lembramos que o Seminário dispõe de quartos para pernoitar, sendo necessário proceder atempadamente à sua reserva.
Este ano, como o Seminário não tem pessoal para nos atender no serviço de refeições, foi necessário recorrer a um restaurante local.
Para outras informações, incluindo o Relatório do Encontro de 2009, consulta –
www.amigos-seminario-vinhais.blogspot.com
Por último, devido a razões logísticas, faz já a tua inscrição informando quando vens e quantos vêm contigo, remetendo-a, impreterivelmente, até 22 de Junho, para:

Emílio António Raposo Falcão
Bairro de Santiago
Rua Poças de Figueiredo – Lote 49
5300-708 Bragança
(Telemóvel – 962 963 913).

ou
Manuel António Gouveia
Rua de Baixo – Viv. Santo António
Parada
5350 – 280 Alfândega da Fé
(Telemóvel – 966 284 782)
Nota – Se houver atraso no correio, serve-te dos telemóveis acima indicados.

PROGRAMA
Sábado – 26 de Junho
16,00 horas - Encontro nos sítios habituais
18,00 horas - Ensaio para o convívio
20,00 “ - Jantar – 14,00 euros
21,30 “ - Convívio ao serão
Domingo – 27 de Junho
10,00 horas - Ensaio de cânticos
11,00 “ - Eucaristia
13,00 “ - Almoço – 20,00 euros

Despedida

Bragança, 16 de Junho de 2010
A Comissão Organizadora


Mas há mais...
EMENTAS E RESPECTIVOS PREÇOS:
Almoço de 26 de Junho: ( Não é da responsabilidade da Organização)
Sopa
Truta de escabeche ou Lombo de porco assado no forno.
Sobremesa.
Pão.Vinho/Água/Sumos.
Preço por pessoa: € 10 (dez euros)

Jantar de 26 de Junho:
Entradas:
Azeitonas. Alheira. Orelha de porco cozida.Salada de polvo.
Sopa
Feijão frade com couve galega, batatas e bacalhau.
Sobremesa:
fruta variada, pudim, leite creme.
Vinho/Água/Sumos
Preço por pessoa: € 14 (catorze euros)

Almoço de 27 de Junho:
Aperitivos:
Porto. Martini. Favaios.
Entradas:
Azeitonas. Bola de carne gorda. Alheira. Presunto. Queijo.
Sopa
Leitão assado no forno
Ensopado de couve
Salada mista
Bouffet de sobremesas:
Fruta da época. Bolo da Madre. Bolo de chocolate.Semi-frio.
Água/Vinho/Sumos/Digestivos
Preço por pessoa: € 20 (Vinte euros)

As refeições serão servidas no Seminário (Ceia de Sábado e Almoço de Domingo).
Crianças: até 6 anos, Grátis; de 7 a 12 anos, 50%! (ver Ficha de Inscrição)
Vamos, desde já, aguçando o apetite!

sexta-feira, junho 04, 2010

RELATÓRIO do Encontro de 2009

O TEMPORA, O MORES!!! Ω καιροί ω ήθη!)
(Cícero, Livro IV, 2.º discurso contra Verres, capítulo 25 e Primeira Oração contra Catilina ... Talvez actual para os Ex-Alunos do SSJVINHAIS!)


O nosso amigo Manuel Gouveia envia o Relatório referente ao Encontro de 2009. As matizações do mesmo dão para fazer uma percepção realista do que então se passou. Refresquem-se, pois, as memórias ou avive-se a imaginação dos que lá estiveram e dos que teriam gostado de estar.
Um obrigado ao M. Gouveia pelo seu feedback, que nos traz o ido para o vivido.




" Relatório do Encontro de 2009

Nos dias 27 e 28 de Junho de dois mil e nove, teve lugar o 21.º encontro de Ex-Seminaristas dos Seminários de S. José de Vinhais e de Bragança.
Após a já habitual mesa quase redonda de sábado, na esplanada do café, em frente ao Convento, alguns mais entusiasmados, rumaram, a pé, ao Parque Biológico de Vinhais, onde conviveram com a Natureza e onde se surpreenderam com a alteração de alguns aspectos da paisagem. Também durante a tarde desse sábado, houve oportunidade de visitar o Museu da Arte Sacra, ali mesmo ao lado do Seminário.
O jantar em que, mais uma vez, os chícharos e o bacalhau foram motivo de renovadas conversas, decorreu com a mesma animação de todos os anos e nele tivemos a oportunidade de escutar as palavras do Reitor do Seminário de Bragança, Rev.º Cónego Silvério, das quais interessa destacar o reconhecimento da projecção que, de ano para ano, estes encontros têm vindo a assumir.
Depois do jantar, foi passado um documentário do Cordeiro Alves sobre “Encontros: Seminário de S. José de Vinhais – O Olhar de um Seminário que eu amei”, em que, logo no início, se destacam “os nossos tempos, os nossos espaços, os nossos encontros e os nossos olhares”. Faz menção especial ao colega João Costa, com a idade de 102 anos, acabando por referir que “… os nossos ENCONTROS ajudaram-nos a voar mais alto e a consolidar-nos como uma autêntica família”.
À noite, o habitual sarau, também muito participado, no qual pontificaram a música, a poesia e as anedotas.
No domingo, foi o ensaio às 10,00 horas, seguido da celebração da Eucaristia presidida pelo Padre Joaquim Leite, o qual, enquanto se referia à sua experiência pessoal, nos conduziu, pela palavra, ao significado do milagre, ao valor do ideal, ao nunca perder a esperança no futuro. Como habitualmente, cantada em gregoriano pelos ex-Alunos, teve também a presença de muitos familiares e amigos de quantos procuram retomar a força espiritual que os tem ajudado a vencer na caminhada que ali começou e ali retorna todos os anos.
Antecedendo o almoço, teve lugar a apresentação do livro do Cordeiro Alves, “Vozes emersas de tempos e de espaços em Vinhais”, com breves palavras introdutórias do Manuel Gouveia. Tomando a palavra o Dr. Roberto, em representação do Presidente da Câmara Municipal de Vinhais, impedido de comparecer por motivos de agenda, referiu-se à obra agora apresentada como sendo um testemunho a preservar e um exemplo a seguir. Acabando por informar que a Câmara Municipal teve muito gosto em financiá-la, fez depois referência ao Parque Biológico de Vinhais e ao Museu da Arte Sacra como parte do Ecomuseu de Vinhais, bem como aos melhoramentos de que a vila tem vindo a beneficiar.
Finalizou o Cordeiro Alves agradecendo o empenho do Presidente da Câmara de Vinhais para a edição do livro. Explicou, de seguida, os motivos que o levaram a publicá-lo, considerando-o, pelas comunicações nele contidas, como uma “espécie de memória”.
Durante o almoço, que decorreu num ambiente de camaradagem e de partilha, foi mais uma vez lembrado o ex-Colega João Costa, tendo o Cordeiro Alves lido o texto que, por sugestão do Manuel Joaquim no encontro de 2008, oportunamente lhe foi enviado; e informou que o João Costa respondeu a agradecer, falou de vários colegas, mandou um abraço para todos e 50 euros para um moscatel. Decidiu-se responder a agradecer-lhe.
O Manuel Gouveia, sem menosprezar os motivos que sustentaram a decisão de se elaborar uma acta por cada um dos encontros, propôs que, em vez de acta se elabore um relatório, para que, decorrendo os nossos encontros de uma forma tão informal, se permita que o respectivo registo escrito deixe de assumir a formalidade inerente a uma acta. Registo escrito, porque o registo informático, pelo menos este ano, irá ser assegurado pelo Cordeiro Alves e pelo Virgílio Vale. Não houve qualquer oposição à proposta.
O Albano Mesquita começou por agradecer ao Cordeiro Alves todo o empenho na divulgação e procura de elevação dos nossos encontros, os quais, embora “com picos – altos e baixos – têm corrido genericamente muito bem”. E acrescentou que “esta é uma comunhão fraterna”, em que é respeitada a “diferenciação de ideias”, informando que, para o ano, virá também aqui o Dr. Formariz, com os seus 85 anos.
A uma pergunta do Albérico, se o encontro de 2010 será também aqui, o Albano respondeu que se está a contar com isso, acrescentando que “se não for aqui, será com certeza noutro lugar, em Vinhais”.
O Falcão lembrou a necessidade da inscrição para o encontro a tempo e horas, para que a organização não tenha que resolver problemas de última hora, os quais nem sempre são solucionados a contento de todos. Dirigiu, depois, uma saudação ao Artur Gouveia, de Mirandela, o qual, embora bastante adoentado, não deixou de comparecer.
O Martins informou que o Ramiro, por ter regredido na doença, não pôde comparecer como era seu grande desejo.
A ambos os ex-Colegas se desejou uma rápida recuperação.
Começaram então as despedidas e os desejos de continuação da festa até para o ano de 2010.

Saudações amigas!

Seminário de S. José de Vinhais, 03 de Junho de 2010
Manuel António Gouveia"

quarta-feira, junho 02, 2010

A Organização da UASP agradece...

Recebeu-se o seguinte E-mail (reencaminhado pelo atento Falcão), que se julga poder ser útil aos nossos Ex-Alunos do Seminário de S. José de Vinhais:

"Data: Mon, 31 May 2010 00:16:23 +0100
De: União das Assoc. Antigos Alunos Seminários Portugueses uaaasp@gmail.com>
Assunto: A organização agradece!
Ex.mos Senhores
No âmbito da preparação da Iª Jornada da UASP, que terá lugar no próximo dia 12, realizou-se ontem, dia 30 de Maio, mais uma reunião do Grupo de Trabalho.Fazendo um ponto da situação constatou-se que, apesar dos esforços desenvolvidos por parte de todos, no que diz respeito à divulgação, não se tem registado, até ao momento, a recepção de grande número de inscrições. Neste sentido, o Grupo de Trabalho vem, uma vez mais, solicitar aos responsáveis das Associações/Movimentos de Antigos Alunos a sua colaboração no sentido de sensibilizarem os vossos associados, que estejam interessados em participar no referido evento, para a necessidade de se inscreverem até dia 9 de Junho. Não obstante a possibilidade de o poderem fazer até ao início da Jornada, este pedido prende-se, como devem compreender, com questões de organização, nomeadamente, com a logística do almoço.
Certos da vossa atenção para com o assunto exposto e da vossa habitual colaboração apresentamos os nossos melhores cumprimentos.

P. Armindo Janeiro(Coordenador)

quinta-feira, maio 27, 2010

Um alerta para um pequeno sobressalto, sempre possível de solucionar!

Caros Ex-Alunos:
Só agora pude verificar o correio electrónico, desde há dois dias, data em que recebi contacto telefónico e electrónico do nosso Manuel Gouveia. Lá encontrei um pequeno ALERTA relativo ao nosso Encontro próximo. De certeza que se faz o Encontro, mas, quanto ao local, ainda se processam as devidas diligências. Teremos que aguardar o seu desenvolvimento, que auguramos seja felizmente bem sucedido. E vamos todos torcer para que se consiga em VINHAIS!!!
O E-mail referido, recebido a 25 de Maio de 2010 00:07, enviado pelo empenhado Manuel Gouveia, entre outras coisas, reza assim:
" (...)
Quero dizer-lhe ... que, há cerca de uma hora, o Falcão me ligou a informar que este ano o encontro em Vinhais está tremido, pois lá não teremos as condições requeridas. Vamos fazer uma reunião, talvez no dia doze de Junho, da qual, se não houver decisões até lá, sairá uma tomada de posição em relação ao encontro. Então, contrariando a minha quase certeza que lhe manifestei antes deste telefonema, outra informação deve ser dada aos colegas, que [é esta]:
em relação ao local, devem aguardar o desenvolvimento das diligências que já começaram.

Os melhores cumprimentos.
Manuel Gouveia".
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Esperamos que tudo se resolva. Logo que haja mais informações sobre o Encontro dos EX, imediatamente ficarão disponíveis!

Um abraço!

segunda-feira, maio 24, 2010

Pedem para publicar... Missão ingrata, mas que fazer?


O grande amigo Manuel Gouveia telefonou pelas 16.00 horas, há, aproximadamente, 1 hora e meia, para informar de que tinha enviado um E-mail. E, claro, este chegou! É mesmo de se lhe tirar o chapéu...

Como os gostos do M. Gouveia valem por ordens, aqui fica o registo, não sem antes agradecer, publicamente, o gesto e a honra concedida:


"Meu caro Cordeiro Alves:
Os melhores cumprimentos.
Aqui lhe mando, como prometi, a minha leitura, decerto muito apressada, sobre o seu encantador livro, de cujo valor só me apercebi, depois de prometer a mim mesmo que havia de fazer dele uma leitura.
Não pela leitura mas pelo testemunho que o livro constitui, gostaria que este apontamento fosse postado no nosso Blog.
Um dia destes mando-lhe o relatório sobre o nosso encontro do ano passado, o que não será mais do que aquilo que o Cordeiro Alves e o Virgílio já disseram. Mas eu tenho de cumprir as minhas obrigações.

Renovo os melhores cumprimentos.
Um abraço do
Manuel Gouveia"


Segue, então, o Post postíssimo do nosso amigo signatário:


"Vozes emersas de tempos e de espaços em Vinhais, de F. Cordeiro Alves

A minha leitura

Para quem não esteve presente no lançamento do livro Vozes emersas de tempos e de espaços em Vinhais do nosso colega Cordeiro Alves acho por bem informar que o mesmo teve lugar no nosso encontro de 2009, com breves palavras introdutórias do abaixo assinado Manuel Gouveia e a apresentação da responsabilidade do Dr. Roberto, em representação do Presidente da Câmara Municipal de Vinhais, Dr. Américo Pereira, que assinou a Nota Introdutória.

Dedicado a “todos os Ex-Alunos, que, desde há duas décadas, vêm rumando a estas inesquecíveis paragens para o (re)encontro com as raízes dos seus sonhos …”, divide-se o livro em três partes fundamentais: “Pré-leitura”, Comunicações e “Recordando a véspera e o ingresso”.

Na “Pré-leitura”, o autor depois de nos informar de que forma surgiu este livro, faz ressaltar “o especial relevo à amizade, ao companheirismo, à potenciação profissional que esta Grande Obra do Seminário nos viabilizou”. Lembra os Amigos que não podem estar fisicamente presentes e ainda os que faleceram, salientando para com todos uma “atitude de solidariedade”.
Aberta a “mala de recordações”, a construção foi tomando forma, alicerçada sobretudo num “plano de simbolismos”.
Ao denominá-lo de “projecto inter-Amigos”, não deixa de fazer um apelo para que surjam “outras publicações do género”, acabando por augurar à “família de Ex-Alunos […] toda a realização pessoal, êxito familiar e sucesso profissional”.
Quase tudo se passa nos e sobre os encontros no Seminário de S. José de Vinhais.

As Comunicações assumem a forma de poesia ou de prosa, dividindo-se, por sua vez: dirigidas aos colegas, durante os encontros; publicadas no Mensageiro de Bragança; nas Bodas de Diamante do Seminário de S. José de Bragança; ao “Ex-Aluno João Conceição Costa”.
Temas como: o claustro, o salão de estudo, o refeitório, as pedras da calçada e os símbolos remetem-nos para recordações vivenciais, tendo como suporte, cada uma delas, um ou outro local referenciado, emoldurados com aquele símbolo – o número pelo qual passávamos, muitas vezes, a ser conhecidos e que nos acompanhava em todos aqueles locais.

E, então, não posso deixar de referir, por exemplo, “o claustro da amizade” a oferecer “um muro, um abrigo, uma esquina”, no montar dos caloiros, com o “cesto do pão e queijo americano” e a água da torneira a saciar a “estranha e subtil mágoa”; o árduo trabalho no salão de estudo, onde “os nossos rumos começaram”, salão “que a todos potenciou”, que perante dificuldades, torcia “para o nosso lado” como “uma compreensiva e meiga mãe”, o salão da “inesquecível carteira desdobrável”, para o qual o nosso reconhecimento pode ser traduzido numa “prece fervorosa” a Deus; o leitor, “a oração inicial”, os chícharos – “os heróis da lenda”, “fosfórico-tonificantes” - , e o deo gratias, a par de um verdadeiro apetite sequente à “anxiógena fome”, “frente aos talheres de alumínio amolgado”, partilhando “os ruins e os bons momentos”, tudo naquele “monacal refeitório”; o permanente incentivo das “pedras da calçada”, de cada uma registado como se elas falassem, percorridas como “um transeunte, em diáspora constante” e “agora amarradas com liga de cimento”; e sem querer entrar na polémica dos símbolos e do significado, todos estes lugares percorridos pelo 150, o mesmo que também dava pelo nome de Cordeiro Alves.
Já o Rescaldo de ENCONTROS de ex-Alunos e Mais um encontro de ex-Alunos …, em forma de crónicas no Mensageiro de Bragança, nos remetem para outras reflexões. A primeira crónica, atravessada por quatro “iniludíveis sentimentos”, como o saudosismo, o “sentimento do outro”, a contingência e o futurismo, aponta-nos para um passado em que “os valores prevaleciam sobre a subversão dos mesmos”; para o “assalto de curiosidade pelo bem-estar dos antigos colegas” e “a satisfação pelo seu sucesso”; para a preocupação pelo “imponente imóvel” que é o Seminário de S. José de Vinhais, em degradação “cada vez mais acentuada”; e, finalmente, para que destino a dar “a este cinzelante monumento das nossas vidas”, chamando aqui o importante papel que uma Associação dos ex-Alunos poderia ter, relevando, ao mesmo tempo, o esquecimento do País perante a “incomensurável oferta” que esta Casa lhe deu, ao lançar para a rede social, conforme Ao salão de estudo de incontáveis rumos de vida … : empresários, funcionários públicos, funcionários dos bancos e seguros, psicólogos, investigadores, políticos, escritores, jornalistas, académicos, juristas, professores, médicos e magistrados, todos “que lá se fizeram gente”.
A segunda crónica refere-se aos encontros como “uma ritualidade assumida e ansiosamente esperada ”, carregados de emoções e de “expressões hilariantes que abraçam o passado e demandam o futuro de tantos projectos pessoais”; e da vibração “até ao âmago” com os depoimentos, o refazer do “filme pessoal […]”, e a recordação do toque da “cabra”. É o darmo-nos um pouco aos “cantos e recantos” que nos foram tão familiares e deles bebermos a força que nos anima a prosseguir.
A finalizar, informa sobre a existência do nosso Blog, onde todos “podemos fazer ouvir a nossa voz”.

Depois, As encruzilhadas, Do para quê ao quando, Lonjura, Quem somos? e Um périplo de 50 anos, em primeira pessoa … aparecem como temas decerto fundados em situações vividas, funcionando como reflexão cujo fio condutor não se afasta muito do caminho em que, como os demais colegas, o autor, quase sem se dar conta, se viu envolvido, primeiro pelo chamamento – simbolizado pela parábola do jovem rico -; depois nas dúvidas, no despertar para o mundo e nas dificuldades a ultrapassar, representadas pela “cabalística suma”; a seguir, no problema da lonjura que impede de se alcançar o téminus da caminhada, por muito que se queira, a não ser pela força estimulante vinda “do nosso conventual casarão”; envolvido ainda numa paragem dessa caminhada para responder à questão – Quem somos? – e admitir que, sendo “netos do iluminismo, filhos do modernismo, irmãos da pós-modernidade e primos das hodiernas convulsões sociais”, a melhor resposta lhe veio de um Ex-aluno, ao revelar-lhe que “todas as pessoas olham para nós como cidadãos honestos, trabalhadores e confiáveis”; terminando no revelar dessa caminhada que, desde 1958 a 2008, o fez passar pelo Seminário e cidades europeias, onde absorveu cultura e cumpriu a sua obrigação profissional, enquanto diz rememorar factos e ouvir histórias, e – parece-me! – acabando por encontrar o términus desta sua caminhada, ao afirmar que “não mais pude conter a sede de aqui regressar, desde 98, Junho, tal é a força e a atracção que aqui me galvanizam, anualmente!”.

Muito interessante a comunicação nas Bodas de Diamante do Seminário de S. José de Bragança, desenvolvendo o tema “ser seminarista” desde os anos 30 até hoje, subdividido em três etapas, das quais, “foi testemunha, por suporte e implementação, a instituição que hoje celebra as suas Bodas de Diamante”.
A comunicação desenvolve quatro vectores […] “da influência desta indelével e destacável instituição sobre as nossas vidas”, a saber: “formação, informação, axiologia, dimensão sociológica”, testemunhando, no final, o seu profundo reconhecimento e o dos seus Colegas Ex-seminaristas “ao Seminário de S. José de Bragança por aquilo que conseguimos ser e somos, por tudo o que nos foi possível assumir e defender no percurso existencial, quer como católicos conscientes, quer como cidadãos pautados pelo humanismo, pelo sentido crítico-cognitivista e pela verticalidade ética”.

Por fim, a “carta” ao ex-Aluno, Companheiro e “secular amigo” João Conceição Costa releva o seu recente contacto com o Seminário e os Companheiros “das nossas actuais revisitas às raízes”, e identifica-o como exemplo de atenção e de solidariedade, de amizade e de admiração, enquanto não deixa de o convidar a, “caso as forças o permitam e fazemos votos por tal, no próximo Encontro 2009, […] [vir] reunir-se connosco”.
Referindo-se à “continuidade do nosso MOVIMENTO de Amigos do Seminário de Vinhais”, informa que, no dia desta comunicação, 29 de Junho de 2008, o seu caso foi apresentado “como um marco paradigmático excepcional no contexto desta inefável tarefa de construção de homens” e termina com um “sincero BEM-HAJA pelas palavras identitárias e amigas”, manifestado por “ todos, em uníssono”.

Quero agora trazer aqui a tão significativa e emocionante recordação d’a véspera e o ingresso. E, se me permite o meu caro Cordeiro Alves, quero fazê-lo, enquanto vou revendo também a minha véspera e o meu ingresso no Seminário de Vinhais, uns anos mais cedo, em 1953. Ao mesmo tempo, atrevo-me a convidar todos os que fizerem o favor de me ler a voltarem a esse seu tempo com o carinho, a simplicidade, a amizade, a compreensão e a beleza com que o faz este colega.
Elegante testemunho relativo, como disse, ao dia que antecedeu e o primeiro da entrada para o Seminário, até acordar no dia seguinte.
Iniciou-se a jornada da véspera em Santulhão, numa manhã de “chuva miudinha”, a cavalo numa égua, na companhia do pai, para apanhar a furgoneta de caixa aberta que vinha da Matela. Após três horas de viagem sobre as tábuas da caixa, debaixo de parte do guarda-chuva de um companheiro de viagem e tentado a surripiar uns bagos “de uvas formosas e de rei”, que também ali viajavam mas dentro de um cesto, chegou a Bragança, onde pessoa amiga o recebeu, o levou para casa e lhe serviu o almoço que ele não estava disposto a aceitar – não porque não tivesse vontade de comer mas porque lhe causavam atrapalhação os talheres com que se viu confrontado. E aí lhe surgiu a primeira dúvida em relação à vida no Seminário, pelo facto de ter de comer com o garfo na mão esquerda: “Será que vai haver muitas coisas ao avesso?”
Após um jantar com “outro ritual angustiante”, foi uma noite agitada, mal dormida, para nova surpresa ao pequeno almoço com a manteiga e o bijú.
Depois, foi o seguir para a camioneta, junto à estação, onde encontrou os futuros colegas e “um Senhor padre, alto, de batina e chapéu de aba virada”, que dava ordens aos rapazes “de fato e boina pretos” para entrarem numa ou noutra camioneta – a mocha ou a canhona.
A viagem foi-se arrastando por hora e meia, sem grandes momentos a registar, a não ser a surpresa, quando, em Castrelos, aconteceu o episódio da “casa dos cantonêros!”.
Chegada a Vinhais: a longa escadaria, as botas novas, o saco e a mala a atrapalharem. Depois, foi a estranheza acontecida no “hall de recepção”, quando “um Senhor Padre” que dava as boas-vindas o chamou pelo nome! E até sabia que vinha de Santulhão!
Já nos claustros, um outro Senhor Padre lhe indicou o caminho da camarata e “exclamava”, como aos demais, para fazer a caminha. Resolvido o problema da cama com a ajuda de um colega já experiente, foi a vez dos recreios - o de baixo e o de cima -, da percepção da “abundante corrente de água” que desempapava “o pão com queijo amarelo”, do “montar caloiros”, da iniciação aos gambuzinos, do primeiro contacto com a cabra e a fila para o refeitório.
E no refeitório, com a fome que tinha, voou a “sopa de couves-galegas” e voaram os “chícharos com couves […] e postas de bacalhau”, apesar de secos, parecendo não lidarem muito bem com o azeite que, na sua terra, não lhe faltava.
Do refeitório para a capela, onde conheceu outro Senhor Padre, este “com voz de quem apanha pardais”, que lhes dava bons conselhos e apelava para “as regras da boa educação”.
Rezada a oração da noite, foi a hora de deitar e mais uma surpresa antecedida de uma ordem: “Tirar as calças dentro da cama!”. Ora, manobrar para tirar as calças dentro da cama foi uma boa razão para a cama cair. Tudo recomposto, passou-se a noite “de um só sono”, até ao acordar com a cabra a estalar “por todos os lados”.
E foram então: o levantar “meio assarapantado num mundo que se abatera sobre mim, quase como um trovão imprevisto”, os lavatórios e a aprendizagem “com os outros” para uma vida cheia de rituais de uma cultura que haviam de prolongar-se e fazê-lo “emergir para o saber, para os valores, para a vida”.

Resta-me agradecer ao Cordeiro Alves o ter-me proporcionado falar sobre estas lembranças, tendo-me eu feito, entretanto, um companheiro de viagem - uma viagem que começou naqueles afastados anos e que, pelos vistos, ainda não terminou.

Parada, 24 de Maio de 2010
Manuel António Gouveia"
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Mais uma vez, além do obrigado primeiro, apresentamos um segundo e testemunhamos que o Gouveia é um leitor fiel e crítico apurado, facetas que exigem imedíveis Parabéns!
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Mais outra coisa: O ENCONTRO DOS EX-ALUNOS deste ano de 2010 continua a ser em VINHAIS, precisamente no ÚLTIMO FIM DE SEMANA DE JUNHO!

quarta-feira, maio 12, 2010

Poderás aproveitar...





Caro Ex-Aluno:
Com a gentileza e oportunidade do nosso Manuel Gouveia, deixa-se a informação supra, transformada, aliás, em imagens, pois a documentação inicial não tem suporte em Sítio da Web, que se saiba, para o qual bastaria apenas fazer um Link. Contudo, com a ampliação das imagens, é perfeitamente visível o seu conteúdo (basta um Click).

Nota: Vale a pena ouvir o Prof. César das Neves... Claro, se puderes ir!

quinta-feira, abril 01, 2010

ÓPTIMA PÁSCOA a todos e a cada um!

Para Todos e Cada UM dos Ex-Alunos do Seminário, ÓPTIMA PÁSCOA, fazendo extensíveis os mesmos Votos para as respectivas e caríssimas famílias!
O Folar e as amêndoas são óptimos (apesar das proibições...) para celebrar a alegria e as cores da reunião e amizade familiares!

Um grande abraço!

De Colores!