COMPANHEIROS
A minha acta
Aos vinte e sete dias do mês de Junho de 2015, deu-se início à Reunião Magna dos sempre devotos do velho Seminário de Vinhais. Eram as três da tarde, quando nos fomos juntando no cimo da escadaria, mesmo em frente do campanário onde viceja a figueira que se tornou lenda já centenária. Foram abraços e mais abraços e, no meio de alguma algazarra, sobressaíam figuras de jovens desconhecidos que por todos os demais foram saudados com votos de boas vindas. Eram os ex-condiscípulos do SR. D. José Cordeiro, desta vez solícitos a aumentarem o nosso grupo e em desafio de união e em promessa de continuidade.
Aliás, a presença desses novos companheiros foi o tema de todas as conversas, homilia e discursos que vieram a seguir!!! BEM-VINDOS.
Em Vinhais, matámos saudades com uma visita ao Centro Cultural (sito no palacete dos Condes) e, após uma bebida fresca que nos foi oferecida, rumámos ao velho refeitório do Seminário para degustarmos um lanche que o Sr. Reitor de Bragança se dignou oferecer-nos. Estivemos, por ali, na conversa e, logo a seguir, fizemos a viagem até Bragança, onde nos esperava uma “chicharada” com bacalhau e muito azeite. Tudo nos conformes… menos o vinho que deveria estar mais “frescote”!
Seguiu-se a noite com conversas variadas em comentários a propósito, mas sem aquele N.º do programa tradicional e que muitos estranharam não ter havido… as guitarradas de boa memória, à desgarrada ou em coro, com cantigas de todas as procedências – do Minho aos Açores e à Madeira, sem esquecer o Alentejo e Coimbra. Vejam a foto (abaixo) e digam lá que o grupo não era de se lhe tirar o chapéu!!! Mas isso acabou… O Martins deixou de ir… o Ramiro, Deus o chamou para SI, o Tito já não pode com o violino, o Afonso Evangelista perdeu a viola e o Virgílio, sozinho, não faz a Primavera… até porque o Zé Joaquim tem preguiça de levar o acordeão e o Albano só sabe tocar as campainhas dos portais!!! Cá por mim, tenho saudades dessas noites musicais que faziam sonhar muita gente que vinha à janela, quando a cantoria tinha lugar na enorme escadaria que desce para o Seminário.
No dia 28, domingo, foi o ensaio e a celebração da Eucaristia com os celebrantes Cónego Silvério, o Sr. Reitor e o Diácono Mesquita, bem acompanhados pelo coral “De Angelis” , ao som do órgão dedilhado pelo Toni. Embora não fôssemos muitos, ainda somos bastantes para darmos uma imagem da beleza do Canto Gregoriano.
Finda a missa, houve uma pausa para uns dedos de conversa e seguiu-se o almoço, que decorreu a contento, com os comensais a trocarem palavras e emoções e, penso eu, a perspectivarem o regresso, no próximo ano, para mais um encontro com todos os amigos que sempre deixam um rasto de saudade.
Houve duas presenças que refiro com muito agrado e louvor – o Sr. Padre Telmo e o Gouveia de Mirandela. Aconteceram também algumas ausências que lamento – O Manuel Joaquim, em convalescença e a quem desejo melhoras, e o Falcão em jornada de turismo. De referir os discursos muito a propósito do Cordeiro Alves, do Albano e a homenagem singela que o Virgílio fez aos seus antigos condiscípulos e actuais sacerdotes – o Leite, o Coelho e o Silvério, entoando uma canção a propósito das Bodas de Ouro sacerdotais que acontecem no presente ano.
Para eles três… o meu voto de felicidade e, para todos vós que me ledes e estivestes presentes… um grande abraço de amizade.
Post scriptum (16.07.2015):
Por lapso imperdoável, não referi, na acta do nosso encontro, pessoas que não mereciam o meu descuido e a quem peço desculpa pela omissão no texto publicado.
De facto devia ter-me referido e agradecido todo o trabalho do Carlos Gonçalo, bem como as suas palavras explicativas no brinde durante o almoço.
Também me penitencio por não ter mencionado a ausência do quase totalista Francisco Formariz e do meu querido condiscípulo Manuel Gouveia, da Parada, a quem endereço um cumprimento especial e o desejo de melhoras no seu estado de saúde... com a esperança de que seja um dos presentes no próximo convívio.
Virgílio do Vale
E o Virgílio disse, está dito! Um grande abraço para ele.
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